No Dia da Amazônia, celebrado nesta sexta-feira (5), um levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) traz um alerta: o Acre ocupa a 4ª posição entre os estados que mais desmataram a Amazônia Legal no último ano.
Entre agosto de 2024 e julho de 2025, o estado registrou a perda de 372 km² de floresta, o que representa 4% a menos em relação ao período anterior. Ainda assim, os números colocam o Acre atrás apenas de Pará (1.170 km²), Mato Grosso (747 km²) e Amazonas (739 km²) no ranking de desmatamento.
Feijó entre os 10 municípios que mais desmataram
O município de Feijó foi destaque negativo no relatório, ficando em 7º lugar entre os 10 municípios que mais desmataram a Amazônia no período. A cidade perdeu 78 km² de floresta, contribuindo de forma significativa para os números estaduais.
O relatório mostra que apenas esses 10 municípios foram responsáveis por 27% de todo o desmatamento da Amazônia Legal no último ano um total de 956 km² dos 3.503 km² registrados. Os líderes do ranking são Apuí (140 km²) e Lábrea (137 km²), ambos no Amazonas.
Feijó também aparece na lista dos seis municípios com maior risco de novas derrubadas, segundo a plataforma PrevisIA, que monitora áreas com alta vulnerabilidade ao desmatamento.
Aumento expressivo da degradação florestal no estado
Embora o desmatamento tenha caído levemente, a degradação florestal no Acre aumentou de forma preocupante. O estado teve 230 km² de floresta degradada, ocupando a 7ª posição no ranking nacional. O número representa um aumento de 265% em comparação ao ciclo anterior.
Esse crescimento acompanha a tendência na Amazônia Legal como um todo, que registrou 502 km² de floresta degradada apenas em julho de 2025 uma alta de 187% em relação a julho de 2024.
Dia da Amazônia reforça importância da preservação
Celebrado em 5 de setembro, o Dia da Amazônia foi criado em 2007 para chamar atenção sobre a importância do maior bioma tropical do planeta, que abrange nove países da América do Sul e tem mais da metade de sua área em território brasileiro.
A Floresta Amazônica é essencial para o equilíbrio climático global, abriga uma das maiores biodiversidades do mundo e sustenta comunidades tradicionais e povos indígenas. Diante do avanço do desmatamento e da degradação, a data serve como chamado urgente à preservação.

