Nem mesmo a chuva impediu o público de prestigiar a abertura do rodeio da 50ª edição da Expoacre. A Arena de Rodeios do Parque de Exposições Wildy Viana ficou lotada na noite desta segunda, 28, marcando o início de um dos eventos mais tradicionais da feira.
Apesar do adiamento das montarias, previsto para começar nesta terça, 29, o público pôde acompanhar o espetáculo de abertura com show de fogos de artifício e a apresentação oficial dos 52 peões que vão disputar a competição, com representantes do Acre, Rondônia, Amazonas e Mato Grosso.
Entre os competidores, o peão Ismael de Lima, de 25 anos, que veio do campo de Sena Madureira em busca do grande prêmio: uma caminhonete zero quilômetro e a chance de representar o Acre no rodeio de Barretos, o maior do Brasil. “Monto em rodeio desde os 17 anos e sempre procuro ter um bom desempenho. Meu sonho é fazer carreira”, conta.

Assim como o peão que sonha em construir uma trajetória profissional, o rodeio da Expoacre também faz parte da história e da tradição de muitas famílias acreanas, como a da costureira Isabele Barbosa, que levou a filha Antolena para assistir a atração.
“Na minha infância, eu sempre vinha com meu pai. Ele faleceu e, quando tive minha filha, quis manter a tradição junto com ela”, compartilha a costureira.

Outro exemplo é o do autônomo Lucimar Araújo, que aos 58 anos faz questão de prestigiar o evento todos os anos. “Venho desde a minha juventude. Nem sei quantos rodeios já acompanhei, mas não deixo de vir. Gosto de ficar ali na grade, perto da saída do som. Acho muito bonito”, conta.
“Esse é o nosso cinquentenário, e o nosso estado é o segundo maior do Brasil em número de público. Isso mostra que o rodeio está no sangue do povo acreano”, destaca o secretário de Estado de Agricultura, José Luiz Tchê. Para esta edição especial, a capacidade da arena foi ampliada e pode receber até 20 mil pessoas.

Ao longo dos 50 anos da Expoacre, o rodeio se consolidou como uma tradição que também se reflete nas figuras que compõem o evento, como a madrinha do rodeio, Sandy Andrade. “Eu nasci no rural. A cultura do agro faz parte da minha infância”, afirma.

E está presente também na história de pessoas como a aposentada Edna Vaz, que desde 1987 acompanha o rodeio ao lado do esposo. “Eu sempre venho com meu esposo. Já trouxe filhos e netos e hoje continuo vindo com ele. Eu acho muito bonito porque aqui tem alegria, e também muito trabalho e luta dos peões. Já é uma tradição da minha família vir aqui”, conta.
[Agência de Notícias do Acre]

