Atualizada em 18/05/2025 08:06
Por Cristiany Sales*
Em um cenário empresarial dinâmico e repleto de incertezas, a solidez de uma organização reside em sua capacidade de gerenciar riscos e alcançar seus objetivos com eficiência e integridade. É nesse contexto que o controle interno se revela como um escudo protetor, um conjunto de atividades interligadas que permeiam todos os níveis da administração. Longe de ser mera burocracia, o controle interno floresce onde há riscos, atuando como uma barreira proativa para evitar desvios e garantir a confiabilidade dos processos. Adotar um padrão robusto como o Coso (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission) oferece uma estrutura coesa para o estabelecimento e a avaliação desses controles, assegurando uma gestão mais eficaz e transparente.
A estrutura de controle, ancorada no padrão Coso, desdobra-se em cinco componentes essenciais que atuam de forma integrada: ambiente de controle, avaliação de riscos, atividades de controle, informação e comunicação, e atividades de monitoramento. O ambiente de controle estabelece o tom da organização, influenciando a consciência de controle de seus colaboradores. A avaliação de riscos identifica e analisa as ameaças ao alcance dos objetivos. As atividades de controle são as ações implementadas para mitigar esses riscos. A informação e comunicação garantem o fluxo de dados relevantes para a tomada de decisão. Por fim, as atividades de monitoramento verificam a efetividade dos controles ao longo do tempo. Implementar o controle interno, portanto, é um investimento estratégico que visa agregar valor à gestão, otimizar processos e fortalecer a governança.
Complementarmente ao controle interno, a auditoria desempenha um papel crucial na verificação da aderência e da eficácia desses mecanismos. A auditoria, seja ela interna ou externa, atua como um órgão de supervisão, avaliando a adequação dos controles implementados e oferecendo recomendações para aprimoramento. Enquanto o controle interno é uma função contínua e inerente à gestão, a auditoria fornece uma avaliação independente e objetiva, garantindo que os controles estejam funcionando conforme o esperado e contribuindo para a melhoria contínua da gestão. A sinergia entre um sistema de controle interno bem estruturado e uma auditoria diligente cria um ambiente de maior segurança e confiabilidade para a organização.
A implementação eficaz do controle interno vai além da adoção de manuais e rotinas; requer um compromisso organizacional com a ética e a integridade, permeando a cultura da empresa. Iniciativas como programas de integridade, políticas de combate ao nepotismo e a gestão de riscos são pilares fundamentais nesse processo. A chave para o sucesso reside na compreensão de que o controle interno não é um fim em si mesmo, mas um meio para alcançar os objetivos organizacionais, agregando valor e construindo confiança. Ao priorizar a implementação de controles internos robustos e ao valorizar a função da auditoria, as organizações pavimentam o caminho para um futuro mais seguro, transparente e bem-sucedido.
*Cristiany Sales é controladora interna da Agência de Negócios do Acre (Anac S.A.); pós-graduada em Auditoria Empresarial; Planejamento e Gestão; Pedagogia Empresarial com Ênfase em Gestão de Pessoas; Justiça Restaurativa e Mediação de Conflitos; graduada em Direito e Pedagogia
[Agência de Notícias do Acre]