Atualizada em 17/05/2025 10:22
O Brasil registrou, na última quinta-feira, 15, o primeiro foco de influenza aviária em avicultura comercial de alta patogenicidade (IAAP) no estado do Rio Grande do Sul, no município de Montenegro. A notícia foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que já determinou estado de emergência zoossanitária de 60 dias no município.
O Mapa esclareceu que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves ou ovos e que o risco de infecção em humanos é considerado baixo, restrito principalmente a profissionais com contato direto e intenso com aves infectadas. No entanto, diante da atual situação, o ministério já acionou as medidas previstas no Plano Nacional de Contingência para contenção e erradicação do foco.
O governo do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), ao longo dos últimos anos, tem intensificado as ações de vigilância, o que tem contribuído para a manutenção do status do Acre como livre de Influenza Aviária.
Mesmo sem o registro de casos da doença no estado, o Idaf tem intensificado ações preventivas, como: vigilância ativa em criações comerciais e de subsistência, capacitação de servidores e equipes de campo para identificação precoce e resposta rápida a eventuais suspeitas;
Também estão sendo realizadas fiscalização em postos fixos, campanhas educativas e orientações técnicas destinadas a produtores rurais, reforço das medidas de biosseguridade exigidas em granjas e demais unidades produtivas, e atualização do plano de contingência, que define os procedimentos para contenção e erradicação de possíveis focos da doença.

Neste momento, é fundamental que os produtores de aves redobrem a atenção e reforcem rigorosamente as medidas de biosseguridade em suas propriedades, seguindo as orientações técnicas do Idaf. Torna-se essencial impedir a entrada de pessoas não autorizadas ou que não sigam rigorosamente os protocolos de higiene e desinfecção ao acessarem as granjas.
Segundo Everton Arruda, coordenador estadual do Programa de Sanidade Avícola, o Idaf vem orientando os produtores rurais e a população a notificarem imediatamente qualquer caso suspeito.
“Se o produtor observar qualquer alteração no comportamento dos animais, é recomendável entrar em contato com o Idaf do seu município para que a ocorrência seja notificada, evitando o contato direto com os animais. A colaboração de cada cidadão, especialmente dos produtores e daqueles que têm contato com aves, é vital para mantermos a sanidade avícola em nosso estado e no país”, explica.

Vale ressaltar que o Serviço Veterinário Oficial do Acre, que realizou um treinamento para situações de emergência no ano passado, em Cruzeiro do Sul, está preparado para atuar na contenção e erradicação de focos, caso venha a ser registrado um caso da doença no estado.
“Temos trabalhado intensamente. Contamos com uma equipe preparada para situações de emergência e com um sistema robusto e eficiente, o que nos dá a confiança de que não teremos casos no Acre”, ressalta Everton Arruda.
[Agência de Notícias do Acre]