Atualizada em 11/07/2024 09:36
Entre um mentiroso compulsivo e alguém cuja idade avançada o ameace, em quem apostar?
Nas próximas eleições mais de 60% dos eleitores estadunidenses preferem que Donald Trump e Joe Biden não fossem candidatos na próxima disputa presidencial. No meu modestíssimo entendimento, corretamente, mas em se tratando de um mentiroso compulsivo e inconseqüente como vem ser Donald Trump, e um octogenário, a exemplo de Joe Biden, em quem irão votar?
Lamentavelmente, para além das pesquisas, entre os eleitores dos EUA, por encontrar-se bastante envelhecido, Joe Biden não tem condições para permanecer no poder pelos próximos quatro anos. Esta avaliação muito favorece o seu concorrente, Donald Trump, este por sua vez, um exemplar mitômano.
A despeito da saudável polarização partidária existente nos EUA, e há mais de um século, num retrocesso jamais imaginado, uma polarização de caráter pessoal vinha sendo esboçada, a exemplo do que já havia acontecido num país chamado Brasil. Reporto-me a não aconselhável e danosa polarização Lula/Bolsonaro.
Cá entre nós e como conseqüência da nossa bagunçada legislação partidária e do nosso ainda mais bagunçado sistema eleitoral, os nossos partidos acabaram se transformando nisto que está ai, em legendas para acomodações de candidaturas. O ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, já foi filiado a quase uma dezena deles.
No primeiro debate entre seus dois pré-candidatos, este por sua vez, transmitido e assistido em escala mundial, Joe Biden deixou a desejar, porquanto não foi capaz de demonstrar que se encontrava capacitado para continuar comandando a maior potência mundial, enquanto isto, o seu opositor, Donald Trump, pegou o seu inseparável rosário de mentiras, e de pronto, saiu contando as mentiras que melhor lhes conviesse.
Se isto está acontecendo naquela que é considerada a mais exemplar democracia do mundo, sinto-me levado a crer no celebrado “best-seller”, intitulado: “Como as democracias morrem”.
Se a democracia dos EUA está correndo o risco de cair nas mãos de um senil ou de um mentiroso, da nossa, o que haveremos de esperar? Só sei de certo uma coisa: enquanto o lulismo e bolsonarismo continuarem em pé de guerra, de bom nada poderemos esperar, mas de ruim, tudo poderá acontecer.
Como o mundo vê-se dividido entre direita e esquerda e as alianças entre os países se dão a partir desse referencial, outra não foi a causa que empurrou o nosso país para a direitona, de um lado, e de outro, para a esquerdona, isto bem ao gosto dos nossos dois supostamente heróis.