24.3 C
Rio Branco
sábado, 19 de abril de 2025
O RIO BRANCO
Artigos do NarcisoColunistas

Eu ou ele

Atualizada em 09/07/2024 09:28

  Urge que saímos da presente e nociva polarização  política, porquanto não precisamos de heróis.

             O nascimento e a morte dos nossos partidos políticos têm acontecido com tanta freqüência que já nos levou a crer que, enquanto instituições necessárias ao fortalecimento da nossa e de qualquer democracia, no nosso país, nossos partidos políticos tem se prestado tão somente para atender os conchavos de últimas horas. Pior ainda: em nome de um heroísmo que jamais existirá, afinal de contas, bem disse Bertolt Brecht: “Miserável é o país que precisa de heróis”.

            Eu, particularmente, nunca pus e jamais porei o ex-presidente Jair Bolsonaro e nem o nosso atual presidente, Luis Inácio Lula da Silva nesta conta e para não correr o risco de me contradizer e/ou até mesmo de me decepcionar, em princípio, todos os meus heróis encontram-se mortos.

          Para minha decepção e em desfavor da nossa democracia, os nossos partidos políticos se transformaram em legendas de aluguel, e não por acaso, a disposição das mais espúrias negociatas.

         Qual a explicação que possa justificar a eleição do então presidente Fernando Collor de Melo à presidência da nossa República, filiado a um partideco apelidado de PRN, bem como a eleição de Jair Bolsonaro, igualmente, à nossa presidência, filiado ao PSL, outro partideco apelidado de PSL? A propósito, PRN e PSL, encontram-se depositados no mesmo cemitério para onde são levados todos os nossos ocasionais partidos.

      Presentemente, no nosso país, a nossa polarização política não tem motivação partidária, e sim pessoal. Nos EUA, por exemplo, a sua polarização acontece entre o partido democrata e o partido democrata, mas cá entre nós continua prevalecendo a polarização Lula/Bolsonaro.

      Se os maus exemplos deveriam se prestar como lição, ou mais precisamente, para que os mesmos não sejam repetidos, por que Collor e Bolsonaro conseguiram se eleger presidente da nossa República sem contar com um único dos nossos mais de 5.500 prefeitos?

      Ainda assim, tanto o lulismo quanto o bolsnarismo já se tornaram as principais referências para que os nossos eleitores escolham os nossos futuros prefeitos. Para tanto basta que vejamo s o que já está acontecendo na disputa pela prefeitura da cidade de São Paulo.

     Se maldita é a nação que precisa de heróis, pelo andar das nossas carruagens e como já sabemos a quem interessa e a quem vem dentro delas, iremos chegar às eleições de 2026 com a nossa polarização política cada vez mais acirrada, até porque, dada a pobreza da nossa estrutura partidária, estaremos obrigados a prestigiar o candidato que melhor souber se apresentar como herói.

   No país do ele ou eu, só nos restará esperar pela maldição.

Artigos Relacionados

Chega de golpes

Jamile Romano

Além de ministros do Governo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), retomou os trabalhos contrapondo-se ao senador Rodrigo Pacheco

Jamile Romano

Mais uma acreana em destaque

Rubedna Braga

O presidente Lula da Silva deu um ultimato ao ministro das Relações Institucionais,Alexandre Padilha

Leandro Mazzine

Trair e coçar

Jamile Romano

Agora, até nos EUA

Jamile Romano