Atualizada em 04/12/2023 11:33
Com sorriso no rosto, Filipe Luís fez a pergunta ao entrar no auditório do Maracanã, poucos minutos antes de o relógio marcar 19h de domingo. Ali começava a transição do jogador para o treinador. Mas dediquemos os primeiros parágrafos para falar da despedida do atleta diante da torcida do Flamengo.
Bandeira, mosaico e choro do “querido” em campo
O 3 de dezembro de 2023 serviu para ratificar o quanto Filipe é um “querido”, tratamento tipicamente catarinense e que virou sinônimo do camisa 16 dentro do elenco e nas redes sociais. O jogador de 38 anos foi festejado no aquecimento com taças expostas no campo e uma placa comemorativa. O momento de maior emoção aconteceria na entrada do time em campo.
O avô Ivo Stinghen estava lá com Filipe Luís. Ao lado do menino, em mosaico preparado pela torcida, e na memória do adulto, que chorava na companhia filhos Tiago, Sara e Lucas, também muito emocionados. Ivo e o tio Pedro foram os responsáveis por Filipe ser Flamengo desde pequenininho. Foi deixar o túnel que liga os vestiários ao campo, olhar para o setor norte e desabar.
– Eu sonhei muito com esse dia de hoje. Chorei muito nesses últimos dias, recebi mensagens de pessoas que eu nem esperava. De praticamente todos os treinadores que tive, de muitos ex-companheiros, me emocionei demais, mas eu não sabia o que esperar do Maracanã. Já estava com dor de cabeça e de garganta de chorar. Isso abala, né? Junto a isso há um jogo importante para jogar. Queria fazer um bom jogo e sair com uma vitória, que era a coisa mais importante de tudo.
[Globo.com]