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quarta-feira, 16 de abril de 2025
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Verdadeiras pragas

Atualizada em 27/02/2025 14:33

 Segundo Maquiavel, dificilmente os príncipes se  livram de uma das pragas que irão persegui-los

               Os bajuladores rondam os palácios com a mesma determinação e cobiça que os urubus rondam as carniças, e quanto mais espertos, menos tempos necessitarão para se aboletarem nos palácios.

             Por evidência, como em todas as atividades humanas, os bajuladores se enquadram em diversas categorias, e na nossa atividade política, infelizmente, àqueles que se dizem se consideram renomados,  mais facilmente conseguem freqüentar os palácios, tanto o presidencial quanto os estaduais, e aos iniciantes da indigna atividade, restam os prefeitos para se tronarem suas primeiras vítimas, até porque, são nos  nossos inexpressivos municípios que os seus prefeitos têm mais força.

          Quando os interesses dos bajuladores restringem-se as vidas amorosas, entre pessoas heterosexuais ou homossexuais, não por acaso, suas qualificações são bastante depreciativas, a exemplificar: cafetão, rufião e proxeneta, entre outras.

             Neste artigo, guardadas as semelhanças que existem entre as diversas espécies de bajuladores, àqueles que buscam tirar proveito junto aos detentores ao poder, e por vezes conseguem, tornam-se ainda mais nocivas para nossa convivência social, até porque, o que verdadeiramente lhes interessam, para além do seu pretenso prestígio, vem ser a dinheirama que buscam adquirir. Venha ela de onde vier.

            Voltando à Maquiável: segundo ele, os príncipes necessitam de conselheiros, conquanto os mesmos sejam escolhidos por eles próprios, jamais quando os bajuladores os procuram, até porque, não raramente, os próprios bajuladores sabem o que fazer para serem procurados.

               Para Maquiável, voltamos a ele novamente, a política não pode ser entendida como algo divino, mas sim, como uma atividade humana, portanto, movida de interesses, e em relação ao poder, não apenas para nele chegar, e em chagando, para nele se manter, é o que importa.

             Como não pretendo condenar os pecadores, e sim o pecado, por se tratar do mais relevante princípio das religiões cristãs, aqui no Acre, embora soubesse nominar alguns dos nossos desavergonhados bajuladores, deixo de fazer na esperança que, tanto os nossos atuais quanto os nossos futuros detentores de poder, impeçam que os nossos bajuladores, os do tipo ‘puxa-saco” freqüentem os nossos  palácios.

             Só e somente, os bons conselheiros poderão contribuir para que os princípios façam boas gestões, posto que, dos bajuladores, nada de útil, necessário e indispensável obterão, até porque, em se tratando de atenção, as dos bajuladores se assemelham as amores dos gatos e a dos cachorros. A quem interessar saber as diferenças, recorram ao Google.

 

 

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