Atualizada em 13/12/2024 10:00
As dimensões e as freqüências de suas dozes é o que transforma um remédio em veneno.
Conclusas as eleições municipais recém passadas, de pronto, teve início as disputas eleitorais de 2026, nas quais escolheremos o presidente da República, os governadores das nossas 27 unidades federadas, 54 dos nossos 81 senadores, os nossos 513 deputados federais e todos os deputados que comporão as nossas Assembléias Legislativas Estaduais.
Logicamente, a sucessão do hoje, presidente Lula, será a mais disputada, até porque, seja qual for o regime vigente, e em qualquer país, particularmente, nos países regidos pelo regime presidencialista, as escolhas dos seus presidentes, revestem-se das maiores importâncias.
Até chegar 2026, espero que até mesmo a nossa maldita polarização “Lula/Bolsonaro” já esteja superada, inclusive, a polarização “direita/esquerda”, até porque, tais referências não bastam para que venhamos fazer as melhores escolhas.
Neste particular, nem as nossas exploradas “direita e esquerda” se bem avaliadas, cantariam vitórias, posto que, os verdadeiramente vitoriosos, saídos das recentes disputas municipais, foram os candidatos do nosso chamado centro político.
O PL, o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e próprio, foram os grandes derrotados e o PT, o partido do presidente Lula, a exemplo das eleições municipais anteriores, obtiveram os piores resultados.
Portanto, com vistas às eleições de 2026, os potenciais candidatos a presidência da nossa República, em nome da nossa chamada direita, muito dificilmente, entrarão em consenso, até porque, o próprio Jair Bolsonaro não admite o surgimento de nenhuma outra candidatura, a não ser a dele próprio. Em relação à chamada esquerda, já tendo ultrapassado os 80 anos de idade, a exemplo do que aconteceu com o presidente Joe Biden, dos EUA, o presidente Lula poderá sentir-se incapacitado para enfrentar tamanho desafio.
De todo modo, diversas outras disputas, antecipando a de 2026, estarão atiçando o nosso ambiente político. Presentemente, as disputas pelas presidências das nossas principais casas parlamentares, a Câmara dos Deputados e a do Senado, tem sido a disputa da vez, ou como se diz na linguagem futebolista, a bola da vez.
Como o futuro a Deus pertence, no nosso ambiente político, outros fatores poderão interferir, entre eles, àqueles decorrentes da nossa estrutura político-eleitoral, afinal de contas, no nosso país, os nossos partidos têm se prestado para abrigar candidaturas de últimas horas, a exemplo do aconteceu com Pablo Marçal, candidato à prefeito de cidade de São Paulo.