Atualizada em 16/02/2024 10:33
Em tendo sido a maior avanço que a tecnologia poderia ofertar ao nosso sistema eleitoral, por que contestá-las?
Se os governadores dos seguintes Estados da nossa federação: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Goiás foram eleitos pelas mesmíssimas urnas que elegeram o então candidato Lula, surge à pergunta que não pode calar: se todos os governadores acima citados apoiaram a candidatura à reeleição do então presidente Jair Bolsonaro e nenhum deles levantaram quaisquer dúvidas sobre as urnas eletrônicas, por que as mesmas foram fraudadas, apenas no que se refere à candidatura Lula?
Diria mais: Flávio Bolsonaro, senador pelo Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo Estado de São Paulo e Carlos Bolsonaro, vereador da cidade do Rio de Janeiro, foram eleitos pelas mesmíssimas urnas, como acusá-las de terem sido fraudadas, tão somente, na disputa presidencial?
Como se diz na gíria, este é tipo de desculpa que os bêbados dão aos delegados que os investigam, mas que de nada valem para isentá-los dos demais crimes que houveram cometido.
Questionar a vulnerabilidade das urnas eletrônicas, de caso pensado, seria a desculpa que o próprio Jair Bolsonaro iria apresentar caso fosse derrotado quando buscasse a sua reeleição. Portanto, em se tratando de um caso pensado, ainda muito há que se pensar.
O 8 de janeiro de 2022, a maior agressão contra a nossa democracia não aconteceu por acaso. Decorreu sim, de um planejamento, já em desenvolvimento e que tinha como propósito inviabilizar a permanência do presidente Lula, já empossado, de continuar no exercício da presidência da nossa República.
Do que podemos extrair da reunião havida no Palácio do Planalto, no dia 5 de julho de 2022 agora, de viva voz e com as correspondentes imagens dos tantos que tenham participado, restou provado que a referida reunião objetivava impedir que o então candidato Lula fosse eleito, neste sentido, o ministro do GSI, general Augusto Heleno não poderia ter sido mais preciso quando sugeriu que a virada da mesa deveria acontecer antes das eleições que ocorreriam no próximo mês de outubro. Dentro de uma lógica golpista, seria o ideal.
Como divirjo da politização política que se estabeleceu no nosso país, não devo opinar e menos ainda fazer juízo de valor sobre a referida reunião. Neste particular fico esperando que a nossa justiça, em grau de instância máxima venha decidir, e com o máximo de imparcialidade, quais foram os culpados que pretendiam levaram o nosso país para o caos.