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Tutora não consegue embarcar com pet no Acre por falta de voos; companhia fez mudanças após morte de Joca

Atualizada em 02/05/2024 10:21

Uma tutora não está conseguindo viajar com sua pet de avião por causa da falta de voos para animais no Acre. A psicóloga acreana Liliane Barbosa quer voltar com a cadela Alice para o Rio de Janeiro, onde mora há 25 anos. Ela tentou embarcar na Gol e na Latam.

Inicialmente Liliane comprou uma passagem da Gol Linhas Aéreas, porém, por conta da morte do golden retriever chamado Joca, de cinco anos, após falha em transporte aéreo, a companhia anunciou a interrupção do embarque de animais. A psicóloga então decidiu cancelar o bilhete e tentar a viagem através de outra companhia.

A nova tentativa foi de embarcar com Alice em um voo da Latam. Porém, no dia 25 de abril, Liliane foi informada por e-mail que não havia voos disponíveis para o embarque de animais a partir de Rio Branco.

“Então, eu estou aqui às voltas. Preciso voltar agora, de quarta para quinta-feira, e ainda não consegui uma possibilidade de levar minha cachorra para um retorno à cidade onde a gente mora. Está complicadíssimo”, conta.

Suspensão dos embarques

 

Liliane está no Acre há oito meses para acompanhar os pais em um tratamento de saúde. Na primeira viagem do Rio de Janeiro até o estado acreano, ela relata que chegou a ter uma crise de ansiedade preocupada com o transporte da cadela. Porém, o trajeto foi tranquilo, e agora Liliane se vê diante de uma nova preocupação.

Após a morte do cachorro Joca, a Gol informou que a venda de passagens para o transporte de cães e gatos no porão das aeronaves está suspenso até o dia 23 de maio. Segundo a companhia, o objetivo é concluir a investigação das causas da morte do golden retriever. O embarque para clientes autorizados a levar os animais na cabine do avião está mantido.

O veterinário de Joca tinha dado um atestado indicando que ele suportaria duas horas e meia de voo, mas um erro no destino fez com que animal passasse oito horas dentro do avião.

O pet deveria ter sido levado do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop (MT), mas foi colocado num avião da Gollog, empresa da companhia Gol, que embarcou para Fortaleza (CE).

“Para se dedicar totalmente a concluir o processo de investigação deste evento, a GOL suspendeu por 30 dias (a partir desta quarta-feira, 24/04 até 23/05) a venda do serviço de transporte de cães e gatos pela GOLLOG Animais e pelo produto Dog&Cat + Espaço, para viagens realizadas no porão da aeronave. O serviço Dog&Cat Cabine, para Clientes que levam seus pets na cabine do avião, não sofrerá nenhuma alteração”, informou a Gol por meio de nota. (Veja a íntegra da nota abaixo)

Ao g1 a Latam informou que está apurando o caso.

“Ela [Alice] veio do Rio comigo, então eu tive uma crise de ansiedade, até porque era a primeira vez. Ela tinha sete anos. Um cachorro que nunca fez uma viagem de avião, ficar num porão não sei quantas horas, porque não é uma viagem rápida do Rio para cá. Ainda tem troca de avião, mas deu tudo certo e ela veio tranquila. Só que agora o retorno está dando esse novo problema. Para além do trauma, da morte de um animal, a gente não pode viajar com o animal na cabine. Eu acho um absurdo isso, trata-se de um animal que nem é de grande porte”, questiona.

Pedido de mudança nas regras

Enquanto enfrenta dificuldades para resolver o impasse para levar a cadela junto na volta ao Rio de Janeiro, Liliane espera que as regras para embarque de pets sejam alteradas.

De acordo com a Anac, as companhias aéreas definem onde animais de estimação ou de apoio emocional deverão viajar, ou seja, na cabine de passageiros ou no porão.

É um ser vivo. E outra, o cachorro é o animal companheiro do homem, então ele já está preparado para nos acompanhar em qualquer lugar. Então, em uma viagem de avião, ele estará sentado ao meu lado e vai fazer a viagem normalmente. Um animal doméstico, você cuidou a sua vida inteira com você, tem que ir no porão, isso é um absurdo. Uma viagem que não deve ser confortável, você fica distante, é difícil de acompanhar, além da troca de avião, ou seja, retiram a caixa de um porão para o outro nesse ínterim. E nós não sabemos como é feita exatamente essa mudança, se jogam as caixas igual jogam as nossas malas, que já vêm todas detonadas, ou se eles têm uma segurança, que, pelo visto não tem. Em vez de solucionarem, suspenderam um serviço obrigatório”, finaliza.
[G1]

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