Atualizada em 17/07/2024 09:53
Nos encontros entre chefes de Estado a troca de presentes faz parte dos seus protocolos.
O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de ter recebido e indevidamente se apropriado de alguns presentes recebidos de alguns chefes de Estado, fora feito pela nossa PF-Polícia Federal, uma das nossas instituições de altíssima respeitabilidade.
Portanto, comparar o referido indiciamento ao que fazia a Gestapo, a truculenta polícia secreta do regime nazista, e mais ainda, que o referido indiciamento fora feito a mando do ministro do STF-Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, das duas, uma: o deputado federal Gustavo Gayer terá que comprová-la ou responder pela sua gravíssima irresponsabilidade de sua acusação.
Justificar tais acusações apenas sugerindo que o ex-presidente Jair Bolsonaro se tornou vítima de perseguição política, significa dizer que além da nossa PF ter agido à mando do Ministro Alexandre de Morais, sim e também, a mando do presidente Lula.
Particularmente não creio que a nossa PF e o nosso STF, tenha chegado a tanto, pois dela sempre esperamos um comportamento republicano e não do tipo “cartas marcadas”.
Como os presentes recebidos pelo então presidente Jair Bolsonaro resultaram num festival de trapalhadas, e em todas elas, envolvendo pessoas da sua total confiança, tornou-se impossível excluí-lo no curso das investigações.
Ao indiciá-lo, a nossa PF, definitivamente não o condenou, pois para que isto aconteça, o ex-presidente Jair Bolsonaro, vale-se do seu legítimo direito de defesa e caso venha convencer o nosso MP- Ministério Público, no seu caso, o PGR-Procurador Geral da República, que a referida denúncia não tem procedência e precisa ser arquivada, a ver. Tem mais: ainda que o PGR, Paulo Gonet não mande arquivá-la, o julgamento final das acusações se dará pelo colegiado do STF e não apenas pelo ministro Alexandre de Moraes, considerado pelos bolsonaristas como o algoz nº 1 do acusado.
Caso houvesse mantido em sua posse os presentes de alto valor comercial, alguns deles cravados de brilhantes, a acusação não teria a mesma gravidade, mas os mesmos haviam sido vendidos e seus valores reembolsados pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro.
Isto determinou que o seu então advogado, Frederick Wasseff, fosse aos EUA para recomprá-las, pois somente assim as mesmas poderiam integrar o patrimônio da nossa União. De mais a mais, a comercialização das referidas jóias fora feita numa joalharia dos EUA e teve como intermediário um general do exército, por coincidência, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro.