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Todos perderam

Atualizada em 22/10/2024 10:08

  Ninguém ganhou até porque não será a base do ódio que politicamente sairemos vencedores

         Particularmente, ainda que a minha opinião tenha pouquíssima ou nenhuma importância, seja para os muitos que estão se sentido satisfeito com os resultados das últimas eleições, seja para os muitos que estão insatisfeitos, lamento e profundamente, como se dão os nossos processos eleitorais, já que é o tamanho da dose que transforma um remédio em veneno, e na atividade política, a dosagem de ódios.

              Nada contra os eleitos, menos ainda contra àqueles que não lograram êxito, e sim, contra a nossa disfuncional legislação política, partidária e eleitoral, certamente, a pior, em todo o mundo. Nossos partidos políticos, infelizmente, tem se prestado tão somente como legenda para abrigar candidaturas, ainda que seus acolhidos, após eleitos, deles se afastem quando bem lhes convier.

            Nossa legislação eleitoral chegou a um nível tão baixo que passou a  permitir que os nossos parlamentares, e em todos os níveis, possam trocar de partido, ou mais precisamente, de legenda, levando consigo o mandato que havia adquirido em razão do coeficiente eleitoral da legenda que resolveu abandoná-lo. No quesito fidelidade partidária dou nota zero.

            A propósito, a nossa própria legislação não apenas passou a prestigiar a nossa infidelidade partidária como estabeleceu um período, denominado de janela partidária, o cúmulo dos absurdos. Através dela os detentores de mandatos podem mudar de partido sem sequer comunicar aos partidos através dos quais obtiveram seus respectivos mandatos. A própria denominação “janela partidária”, não poderia ser adequada, posto que, são pelas janelas e não pelas portas que os fugitivos as utilizam.

            Exemplos que poderíamos extrair das democracias que se dão ao mínimo respeito, como a dos EUA e a da Inglaterra, não têm se prestado para orientar e fortalecer a nossa democracia. Nos EUA apenas dois partidos predominam quando seus postos de comando político entram em  disputa, lá o partido republicano e o democrata. Na Inglaterra, não mais que três partidos se sobressaem, enquanto isto, no nosso país, tanto no nosso Congresso Nacional quanto nas nossas demais casas parlamentares, nada menos que 20 partidos políticos interferem nos nossos processos eleitorais e mais ainda, nos governamentais.

            A despeito dos maus exemplos que representou a candidatura Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo, dele poderemos extrair algo de fundamental importância, até porque, filiado ao PRTB, um dos nossos mais inexpressivos partidos políticos, por muito pouco o dito cujo não conseguiu chegar ao 2º turno da referida disputa. Se não existe feijoada sem feijão não existe democracia sem partidos políticos que se prezam.

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