Atualizada em 16/05/2025 15:10
A suspensão temporária das importações de carne de frango do Brasil pela China, após a confirmação de um foco de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, não trará impactos para o Acre. A avaliação é do diretor da Acreaves, Paulo Santoyo, que minimizou os efeitos da medida e explicou que a decisão segue um protocolo sanitário internacional.
De acordo com Santoyo, a suspensão ocorre automaticamente sempre que há registro de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Ele destacou que o Acre não realiza exportações de carne de frango, o que isenta o estado de qualquer prejuízo econômico relacionado à medida.
“O Acre não exporta frango, portanto, não há impacto comercial direto. Essa suspensão é um procedimento padrão quando há um caso da doença. O país notifica os parceiros, realiza o isolamento da área afetada e adota as ações de contenção necessárias”, explicou o diretor.
Santoyo também detalhou como costuma ser a reação de países importadores como a China. Segundo ele, a suspensão inicial é obrigatória, mas tende a ser revista rapidamente após a confirmação do controle da situação. “A China suspende preventivamente, mas, ao receber informações de que a região está isolada e o foco controlado, costuma liberar as demais áreas do país”, afirmou.
A expectativa, segundo o diretor, é de que a liberação seja feita em etapas. Inicialmente, todo o Brasil, com exceção das áreas afetadas, deve ser autorizado a retomar as exportações. “O Rio Grande do Sul deve permanecer sob restrição por mais tempo, mas os demais estados devem ser liberados nos próximos dias”, disse.
Ele também lembrou que episódios semelhantes já aconteceram em anos anteriores, principalmente no sul do país, onde há maior presença de aves migratórias. “Casos como esse já ocorreram no Rio Grande do Sul e fazem parte da rotina sanitária. São situações previstas e controladas dentro dos protocolos internacionais”, pontuou.
Para tranquilizar o setor, Santoyo reforçou que o Brasil segue participando ativamente do comércio global de carne de frango. “O mercado internacional continua operando normalmente. Inclusive, o Brasil participa neste momento de uma das maiores feiras do setor na China, com estande e escritório próprios. A suspensão é apenas uma exigência sanitária temporária e não representa risco real ao setor”, concluiu.