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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
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Suspeito de matar mulher a facadas se entregou após ver repercussão do caso na internet, diz amiga da família

Se entregou na tarde desta quarta-feira (12) em Rio Branco, Simey Menezes Costa. Ele é suspeito de matar Ketilly Soares de Souza, de 33 anos, com mais de 10 facadas no último domingo (9). Segundo uma amiga da família, que não quis se identificar, a notícia da prisão foi confirmada à família da vítima por um investigador da Polícia Civil.

Parentes da vítima divulgaram vídeos em grupos de mensagem confirmando a prisão.

“Disseram que ele chegou a ir até Sena Madureira [cidade a 144 km de Rio Branco], mas voltou porque estava perturbado porque a pressão estava grande na internet. Todo mundo postando coisas e querendo pegar ele de todo o jeito. Aí ele preferiu se entregar para a polícia”, disse a mulher com exclusividade ao g1.

Até a última atualização desta reportagem, o g1 não havia conseguido confirmar os detalhes da prisão. Uma coletiva foi anunciada pela Polícia Civil às 8h de quinta-feira (13) para falar sobre o caso. O assunto, entretanto, não foi divulgado de antemão.

Testemunhas teriam visto Costa na região do bairro Sobral ainda nesta quarta, não muito distante do local em que vivia a família da vítima.

Segundo a amiga da família, o pai de Ketilly recebeu a notícia no começo da noite, quando foi até a delegacia para procurar informações sobre as buscas pelo suspeito que estava foragido desde a noite do crime.

A mulher disse ainda que para a família e os amigos a prisão não alivia a dor da perda. “Daqui uns dias ele vai estar solto, presa está quem morreu”, lamentou.

Pedido de casamento

Ketilly foi pedida em casamento no último dia 2, uma semana antes de ser assassinada a facadas.

O g1 obteve, com exclusividade, o vídeo do pedido de casamento feito por Simey, o principal suspeito pelo crime. As imagens mostram o casal feliz na frente dos fiéis e Simey começa a cantar. “Escrevi essa canção para dizer tudo que sinto por você”.

O suspeito é conhecido na região da Baixada da Sobral, onde tinha uma oficina de bicicleta. O empreendimento ficou com a ex-mulher do suspeito após a separação. Ele também é reconhecido por pedalar e faz parte de grupos de ciclistas da capital.

O vídeo segue mostrando o casal rindo enquanto Simey, aparentemente nervoso, tenta oficializar o pedido. Ele chega a citar que a família de Ketilly está presente e agradece por a ter conhecido. “Sou grato por ter te conhecido”.

O suspeito chegou a tirar os óculos para enxugar as lágrimas enquanto falava como a vítima era leal, trabalhadora e amiga. A cena chegou a emocionar muita gente na igreja.

Feminicídio

Segundo a Polícia Militar, o casal havia se mudado para a residência há cerca de um mês. Na manhã d do dia 9 de junho, familiares não conseguiram contato com a vítima e foram até a residência.

Uma prima teria encontrado Ketilly caída no chão da sala. A arma usada no crime, uma faca tipo peixeira, foi encontra na área externa da casa. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e confirmou a morte da vítima. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML). A Polícia Militar isolou a área e a perícia foi acionada.

O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). O coordenador em exercício da Deam, delegado Pedro Paulo Buzolin, disse ao g1 que Ketilly foi morta com mais de 10 facadas e que havia sinais de luta dentro da casa.

CANAIS DE AJUDA PARA CASOS DE VIOLÊNCIA

A PM disponibiliza os seguintes números para que a mulher peça ajuda:

(68) 99609-3901
(68) 99611-3224
(68) 99610-4372
(68) 99614-2935

Veja outras formas de denunciar casos de violência contra a mulher:

Polícia Militar – 190: quando a criança está correndo risco imediato;
Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
Qualquer delegacia de polícia;
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
Ministério Público;

 

[G1]

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