Atualizada em 19/04/2024 09:58
O tema “saidinha de presos” dado sua delicadeza, deveria ficar fora da nossa polarização política.
Os açodados, sobretudo aqueles que politizam quaisquer que seja o tema em debate, independente da sua importância, num país já bastante polarizado, a exemplo do nosso, a tal “saidinha de presos” deveria ser tratado com as devidas atenções e isenções, jamais como objeto de exploração política de nenhum dos dois pólos estabelecidos no nosso país.
Se os nossos atuais 800.000 aprisionados são mantidos nas piores condições do ponto de vista humano, culpar o ex-presidente Jair Bolsonaro ou o atual presidente Lula, em se tratando de uma herança maldita e que vem se arrastando há décadas, jamais a nossa segurança pública, ou mais precisamente, o nosso sistema carcerário cumprirá os seus objetivos fins, entre eles, o da ressocialização dos nossos apenados.
Se a nossa legislação penal não prevê a prisão perpétua e nem a pena de morte, e como os apenados são postos a disposição e responsabilidade do nosso próprio Estado, igualmente, deveria ser o tratamento que lhes forem dispensados.
Os defensores da tese “bandido bom é bandido morto” para além de se adequar ao nosso ordenamento legal precisam entender que a justiça existe para se fazer justiça e não para se fazer vingança. Em sendo assim, a punição de um criminoso deve ser diretamente proporcional a gravidade do crime cometido e enquanto esteve em poder do Estado, dos seus comportamentos.
Ninguém melhor para avaliar a conduta dos aprisionados que os próprios agentes penitenciários, inclusive para identificar os presos considerados de alta periculosidade, estes sim, jamais deverão merecer quaisquer benefícios, sobretudo, os decorrentes das “saidinhas de presos”.
O fato é: enquanto as nossas penitenciárias, infelizmente, estiverem sob o comando das nossas facções criminosas e se prestando como escola para todos àqueles que nelas adentram, o nosso país foi se transformando nisto que está aí: num dos mais violentos e inseguros do mundo.
A “saidinha de preços” se faz necessário para beneficiar, tão somente, os presos que buscam viver em sociedade, e não os do tipo: Fernandinho Beira Mar, Marcinho VP e Marcola, entre outros.