Atualizada em 16/04/2024 09:17
Um espirro de Elon Musk em qualquer lugar é ouvido em todo o mundo.
Quando o pastor Silas Malafaia admitiu publicamente que basta o arquibilionário Elon Musk espirrar para que o mundo inteiro ouça, por mais uma vez cheguei à mesmíssima compreensão, qual seja: a mistura entre religião e política é sempre explosiva, particularmente, para quem já havia se revelado um fanático religioso e a caminho, se é que já não tenha chegado lá, para se tornar num entre movido pelo fanatismo político.
A provar que sim, o próprio Silas Malafaia já chegou a tornar público que o próprio Elon Musk está fazendo muito mais em favor da nossa democracia, mais até que parte dos integrantes da nossa Câmara dos Deputados, a exceção, dos parlamentares que rezam e oram na sua cartilhazinha.
Se o mundo inteiro não venera o mesmo Deus, nem mesmo o mesmo Jesus, no próprio Estado de Israel não se professa o cristianismo, e sim, a religião judaica, no qual Jesus Cristo não é reconhecido como o Messias. A comprovar: apenas 1,9% da população israelense são devotos do cristianismo.
Cá entre nós, brasileiros, já ouvimos coisas do tipo: nas eleições presidenciais de 2002, o então pastor evangélico, Silas Malafaia, recomendava que o seu presumido rebanho votasse no candidato Lula, justamente por sê-lo o enviado do seu Deus, e não no candidato José Serra, enquanto na mais recente disputa, portanto, após 20 anos, não mais o candidato Lula, e sim, Jair Bolsonaro, segundo ele, era o candidato enviado pelo seu Deus.
Bem mais presente nos palanques, com propósitos inequivocamente eleitoreiros, e bem menos nos púlpitos, locais reservados para que os religiosos de boa fé professem as suas religiões, presentemente, o pastor Silas Malafaia vem tendo um comportamento absolutamente condenável, posto que, um religioso até que pode se converter, mas nunca se perverter.
O nome de Deus, e para os verdadeiramente cristãos, o nome de Jesus, não pode ser usado em vão, menos ainda para atender os interesses políticos e não religiosos dos seus próprios pregadores.
Voltando ao trilionário Elon Musk: se ele pretendeu que seria mais ouvido no nosso país que as nossas autoridades constituídas, só espero uma coisa: que sua dinheirama não chegue a tanto.