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terça-feira, 25 de novembro de 2025
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Servidores da saúde ocupam Aleac e ameaçam acampar na sede da Sesacre por revisão do PCCR

Categoria denuncia quebra de acordos após dois anos de negociação e critica tentativa do governo de judicializar o movimento grevista.

Rio Branco, AC – O clima é de tensão entre os servidores da saúde estadual e o governo do Acre. Na manhã desta terça-feira (18), profissionais da área realizaram um ato de protesto na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), exigindo a imediata revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR).

O movimento ocorre em resposta ao que a categoria classifica como falta de diálogo e descumprimento de prazos por parte da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).

Impasse Judicial e Mobilização

 

Segundo as lideranças sindicais, a Sesacre ingressou com um pedido judicial para impedir a deflagração de greve. No entanto, a medida não intimidou os trabalhadores, que decidiram manter a mobilização na Casa Legislativa.

Alesta Costa, presidente do Sindicato dos Profissionais Auxiliares, Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros do Acre, reforçou que o movimento é legítimo diante da estagnação das conversas.

“A Sesacre entrou com o pedido na justiça para embargar a greve, que é um direito do servidor. Mas entendemos que esse movimento é necessário. Viemos para a Aleac e vamos decidir em plenária os próximos passos. Temos uma proposta firme de acamparmos na sede da Sesacre até que o PCCR seja resolvido”, declarou a presidente.

“Proposta Surpresa” e Quebra de Confiança

 

O ponto central da revolta dos servidores não é apenas a demora, mas a mudança nos termos do que havia sido acordado. De acordo com Alesta Costa, após dois anos de negociações em mesas redondas, a gestão apresentou uma proposta diferente da que foi construída com a categoria.

“O sindicato foi tolerante. Negociamos na mesa por dois anos, abrindo espaço, cedendo quando necessário. Mas chegamos até aqui e, para nossa surpresa, a Sesacre cria uma proposta que não foi a negociada”, desabafou Costa.

A sindicalista também apontou o desgaste gerado pelos sucessivos adiamentos de reuniões com os gestores, o que, segundo ela, minou a credibilidade das negociações e forçou a categoria a radicalizar o movimento nas ruas e no parlamento.


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