Atualizada em 02/01/2024 09:38
Num país, a exemplo do nosso, cujos partidos políticos tão somente emprestam as suas siglas para abrigar candidaturas, ainda assim, será no interior de cada um dos nossos 5.560 municípios que seus candidatos, tanto a prefeito quanto a vereador serão eleitos.
Portanto, será uma disputa na qual, o relacionamento entre candidatos e eleitores será de fundamental importância, particularmente, nos municípios de médio e pequeno porte, eleitoralmente falando-se, pois nestes, tanto o voto de cabresto quanto o conhecimento entre os candidatos e seus eleitores acaba prevalecendo, sobretudo no nosso país, dado a pouca ou nenhuma representatividade dos nossos partidos políticos.
Como não poderia deixar de ser, no nosso Estado, a jóia da coroa será a disputa pela prefeitura de nossa capital, Rio Branco, justamente por se tratar do nosso maior colégio eleitoral. Em 2º lugar viriam, e nesta ordem, os municípios de Cruzeiro do Sul e Sena Madeira e os demais, mas sempre seguindo sua importância populacional e eleitoral.
Particularmente, não vejo com bons olhos a fartura de candidatos que pretendem comandar as nossas 22 prefeituras. Mas como isto é produto do nosso precário sistema político/eleitoral, e até lá, as chances de mudá-lo inexistem, só nos restará fazermos as mais cuidadosas escolhas, do contrário, entre a sagração dos candidatos eleitos e suas correspondentes posses, os arrependimentos virão.
À distância, venho acompanhando as especulações que dão conta da quantidade dos candidatos que disputarão a prefeitura de nossa capital. Decerto, não será pela quantidade, e sim, pelas qualificações dos pretensos candidatos que nos preocupa. Nas democracias que verdadeiramente se prezam, existem diversos filtros legais que impedem a existência deste tipo de aberração.
Se o nosso país já elegeu dois presidentes, Fernando Collor e Jair Bolsonaro, quando os mesmo só vieram se filiaram aos seus partidos, o PRN e o PSL, faltando apenas seis meses para as eleições, o que mais precisaria ser dito para demonstrar quão insignificante tem sido os nossos partidos políticos. Ironia à parte, pergunto: em qual cemitério, entre os tantos que guardam os restos mortais dos nossos partidos políticos encontram-se enterrados? Reporto-me ao PRN e o PSL.
A polarização que ora vivenciamos, de um lado o lulismo e de outro o bolsonarimo é fruto da fragilidade dos nossos partidos políticos. Não fosse por isto, o PSDB do ex-presidente FHC, não estaria com os seus dias contados.