Contrariado com Jorge Messias ser escolhido para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), o Senado aprovou uma pauta-bomba que cria despesas bilionárias com agentes de saúde. Foram 57 votos a favor e nenhum contra. O texto agora vai para a Câmara.
O recado foi para Lula. Ele desagradou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ao não indicar o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), aliado de Alcolumbre. O petista optou por Messias, que é advogado-geral da União e considerado homem de confiança do petista. A sabatina dele vai ser no dia 10, restando pouco tempo para ele convencer senadores a votar por ele.
Até o PT orientou para o voto ser favorável ao projeto. O partido de Lula não se posicionou contra mesmo com o impacto fiscal porque seria impopular votar contra uma categoria em ano anterior à eleição.
Alcolumbre desengavetou um projeto que prejudica as contas do governo. A proposta facilita a aposentadoria de agentes de saúde e de combate a endemias e também aumenta o valor de seus benefícios.
O impacto financeiro é de R$ 103 bilhões. O cálculo é da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), entidade interessada no projeto porque serão os prefeitos que arcarão com a conta do projeto aprovado hoje.
O Senado não apontou compensação financeira. A afirmação consta em nota da CNM que reclama de a proposta aumentar o rombo da previdência, que já está em R$ 1,1 trilhão.
Alcolumbre sustenta que não se trata de uma pauta-bomba ou revide ao governo. Interlocutores do presidente do Senado alegaram que é reconhecimento aos serviços prestados pelos agentes de saúde.
[Uol]

