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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
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Saudosas lembranças

  Depois dele, Rui Barbosa, não surgiu mais  ninguém em condição de substituí-lo.

             No dia 14 de dezembro de 1914, e de lá para cá já se foi mais de um século, o imortal Rui Barbosa, o maior jurista de nossa história, deu vez e voz a sua mais significativa frase, qual seja: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.

            Ainda que no jargão popular, particularmente, aquele que diz que não vale à pena “chover no molhado” vale relembrá-lo, ainda que os poderosos, hipocritamente, continuem propondo as melhores ações e ao chegarem ao poder, passem a fazer tudo, ou quase tudo, que não seria recomendado.

              Bem a propósito, observemos o que vem fazendo, mundo afora, determinados sujeitos, entre os quais incluo Benjamin Netanyahu, Wladimir Putin, Nicolas Maduro, Kim Jong-um e tantos outros, e cá dentro, em nosso país, o que tem feito a nossa perversa polarização política, como se a nossa democracia dependesse tão somente de dois pólos: o lulismo e o bolsonarismo.

            Nos EUA, a sua saudável polarização partidária tem produzido os melhores resultados, e não por acaso, apenas dois partidos políticos vem se reservando no poder. Lá, não pertencendo ao partido republicano e os partido democrata nenhum candidato conseguirá governar nenhuma das suas unidades federadas e muito menos conseguirá a sua presidência.

         Enquanto isto, no nosso país, os nossos partidos políticos só tem se prestado, preferencialmente, para fazer os mais escabrosos arranjos e piores foram se tornando quando das instituições do fundo partidário e das liberações obrigatórias das emendas parlamentares para seus deputados e senadores, isto num montante superior a R$-50,00 bilhões anualmente.

         Em 1989, na primeira eleição presidencial, após a nossa redemocratização, Fernando Collor se elegeu presidente da nossa República filiado a um partideco apelidado de PRN, e em 2018 Jair Bolsonaro também conseguiu o mesmo feito filiado ao PSL, outro partideco. Se vivo fosse, o que o nosso saudoso Rui Barbosa estaria dizendo do nosso disfuncional sistema político-partidário-eleitoral?

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