Atualizada em 09/04/2024 09:58
Dirijo este artigo para àqueles que apostam que as eleições deste ano influenciarão nas de 2026.
Em 1989, ocorreu à nossa primeira eleição presidencial após a nossa tão desejada e esperada redemocratização. No mínimo, era de se esperar que àquele que viesse se eleger para nos presidir estivesse à altura de bem nos representar e bem nos gerir, afinal de contas, nos regimes presidencialistas, o seu presidente é, ao mesmo tempo, chefe de Estado e de governo.
Na referida disputa, nomes dotados de elevada envergadura política, administrativa e moral apresentaram-se como candidatos. Lembremos alguns deles: Ulisses Guimarães, Leonel Brizola, Mario Covas, Paulo Maluf, entre outros. Os acima citados, por certo, esperavam contar com os apoios dos seus respectivos partidos políticos e dos seus correligionários espalhados nos quatro cantos do nosso país, em especial, dos seus respectivos governadores, prefeitos, senadores, deputados federais e estaduais e vereadores.
Sendo curto e grosso e utilizando a nossa oportuna linguagem futebolística, deu zebra, pois a disputa em 2º turno acabou se dando entre Collor Lula. Collor filiado a um partido político do tipo faz de contas, o PRN, e Lula, ao PT, este na melhor das hipóteses, considerado um partido nanico.
Para o PMDB de Ulisses Guimarães, para o PSDB de Mário Covas, para o PDT de Leonel Brizola, para o PP de Paulo Maluf e para os tantos quantos, detentores de mandatos destes quatro partidos, nada de mais trágico poderia ter acontecido.
Se quem ignora a história candidata-se a repetir os mesmos erros, sempre que assisto alguém dizer que a disputa municipal deste ano irá guardará relações as eleições presidenciais que ocorrerão em 2016, resta-me tão somente adverti-los: consultem a nossa própria história.
Fernando Collor de Melo se elegeu presidente sem que o seu partido o PRN, dispusesse de um único governador e nem de um único prefeito, e o mesmo se deu, quando Jair Bolsonaro, filiado ao PSL, foi eleito.
Hoje, decorridos poucos anos, quem pretender visitar, tanto as sedes do PRN quanto o do PSL, precisa se dirigir ao mesmo cemitério para onde estão sepultados os cadáveres dos nossos partidos políticos que morreram prematuramente.