24.3 C
Rio Branco
sábado, 19 de abril de 2025
O RIO BRANCO
AcreEsportes

Receita Federal obriga Palmeiras a mudar regra de acordo com a Crefisa

Atualizada em 28/02/2024 13:49

A Receita Federal vetou o molde da parceria entre Palmeiras e Crefisa.

A relação pode existir, mas seguindo novas regras. Agora, o time alviverde é obrigado a devolver o investimento feito pela parceira nas contratações dos atletas. A medida começa a valer a partir deste ano, mas tem efeito retroativo para os reforços bancados pela empresa no passado por meio de aditivos inseridos nos contratos.

Na prática, isso significa que o clube passa a ter um risco caso não consiga vender os atletas que foram contratados com aporte da instituição financeira. A informação foi dada pelo Estado de S. Paulo e confirmada pelo UOL Esporte com pessoas do clube e da patrocinadora. Para entender a diferença, o caso de Borja serve como explicação.

Para colocar o colombiano no Palmeiras, a Crefisa bancou quase R$ 35 milhões. Nos moldes anteriores, o clube precisaria devolver a mesma quantia caso vendesse o atleta e poderia ficar com o lucro. Caso o atacante não fosse negociado ou vendido por um valor menor, o prejuízo ficaria apenas com a instituição financeira.

Nos novos moldes, o time paulista segue com o direito de receber um eventual lucro na transação, mas também precisará devolver o dinheiro caso o camisa 9 não seja negociado. Esse pagamento pode ser feito em até dois anos e sofrerá a menor correção monetária possível. Antes, essa verba era justificada como compras de propriedades de marketing.

A Crefisa já investiu cerca de R$ 130 milhões em jogadores. O que antes era risco zero, agora, passa a ser um compromisso futuro e só se transforma em dívida caso o jogador seja vendido por um valor inferior ou deixe o clube ao término de seu vínculo. O novo modelo de parceria é um espelho do que ocorreu com a contratação de Yerri Mina, usando o dinheiro do ex-presidente Paulo Nobre.

A mudança foi uma exigência da Receita Federal. Antes disso, a Crefisa já tinha sido multada em R$ 30 milhões pelo aporte feito em 2015 e 2016. A empresa, inclusive, se adiantou e já pagou R$ 80 milhões à Receita referentes aos investimentos de 2017 antes mesmo de uma eventual multa.

Na análise da contabilidade da Crefisa feita pelos auditores, o investimento que aparecia como despesa interferia na tributação por diminuir o lucro.

Em 2018, a primeira ajuda do patrocinador veio com Lucas Lima. A empresa bancará as luvas e comissões do acordo, que chegam a quase R$ 20 milhões, e ainda pagará metade dos R$ 600 mil de salário por mês. Esse valor precisará ser devolvido pelo Palmeiras à instituição presidida por Leila Pereira.

Por conta da nova exigência da Receita, inclusive, a Crefisa não entrou nas outras negociações feitas pelo Palmeiras. As chegadas de Diogo Barbosa, Weverton e Gustavo Scarpa foram bancadas com dinheiro do clube.

 

[Folha Uol]

Artigos Relacionados

Acre é contemplado com mais de R$ 528 milhões em emendas federais de bancada para 2025

Jamile Romano

Com sete cidades em situação de emergência, Acre continua sem previsão de chuvas nesta quinta

Jamile Romano

Gestores da Secretaria de Meio Ambiente realizam planejamento operacional para o biênio 2025-2026

Raimundo Souza

Contratação de serviços com Governança Corporativa: um modelo para o sucesso sustentável

Raimundo Souza

Marchetaria do Acre recebe prêmio da Unesco e Conselho Mundial do Artesanato

Jamile Romano

Polícia Civil registra poucas ocorrências no período carnavalesco em todo o estado

Marcio Nunes