Atualizada em 21/12/2023 10:43
Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama não mais poderão se candidatar.
Nenhum dos integrantes do trio acima identificado poderá se candidatar à presidência dos EUA. Pelo fato de já terem sido eleitos e reeleitos, segundo sua legislação tornaram-se inelegíveis. Cá entre nós, o presidente Luís Inácio Lula da Silva encontra-se no exercício do seu 3º mandato e ainda poderá disputar um 4º nas eleições de 2026. A ver!
Neste particular, declaro-me favorável a legislação dos EUA, posto que, os “ismos” em muito têm prejudicado a alternância dos poderes, em particular, a disputa pela presidência da nossa República. Vide o peronismo na Argentina, e no nosso país, a atual e preocupante polarização entre o lulismo e o bolsonarismo.
Embora o ex-presidente Jair Bolsonaro só houvesse exercido um único mandato presidencial, como o lulismo já se encontrava estabelecido e com suas raízes bastante aprofundadas, por falta de alternativa, os antilulistas viram-se condicionados a apoiar o então presidente Jair Bolsonaro na disputa eleitoral de 2018. Assim surgiu o bolsonarismo.
A surpresa das eleições de 2022 ficou por conta da eleição do ex-presidente Lula, enfim, desde que foi instituída a reeleição para a presidência da nossa República, para nossos governadores e para nossos prefeitos, todos os nossos presidentes que concorreram as suas reeleições obtiveram êxito: FHC, Lula e Dilma, exceto Jair Bolsonaro.
Daí a pergunta que não pode calar: por que os antilulistas continuam apostando no bolsonarismo se o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro se encontra inelegível até as eleições de 2030? Por certo, na ausência dos partidos políticos propriamente ditos o personalismo tem preponderado.
Voltemos as nossas atenções para os EUA. Lá, em não pertencendo a um dos seus dois tradicionais partidos, o democrata e o republicano, jamais um candidato a sua presidência conseguirá se eleger. Não é demais, diria até, torna-se oportuno, lembrar que os ex-presidentes Fernando Collor e Jair Bolsonaro foram eleitos por dois partidos cujos restos mortais não tardaram a ser encontrados em algum cemitério.
Infelizmente, o nosso país continua regido por uma legislação eleitoral que possibilita toda sorte de frouxidão e pilantragem e sequer têm surgido os tradicionais movimentos visando reformá-la. Diria mais: as reforminhas que já foram realizadas só fizeram piorar o nosso já bastante piorado sistema político-partidário.
Eleger-se por um partido e trocar por outro, no nosso país, já não causa a menor preocupação. O próprio ex-presidente Jair Bolsonaro já pertenceu a oito deles, e a depender do tratamento que o presidente do PL, Waldemar da Costa Neto, vier lhes dispensar, fará nova mudança.