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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
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Política

Quem votou no Lula só pode ser idiota, diz Pablo Marçal

Empresário citou Lava Jato para classificar eleitores de petista; ele também evitou criticar Moraes diretamente

São Paulo

O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) afirmou nesta segunda-feira (2) que o eleitor do presidente Lula (PT) deve ser idiota por ter votado no petista.

O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura – Nadja Kouchi/TV Cultura

Questionado sobre fala em podcast envolvendo atitudes, consideradas pelo próprio empresário como idiotas, para atrair eleitores, ele afirmou que os que escolheram o atual presidente em 2022 são idiotas por causa dos processos e da condenação na Operação Lava Jato.

“Quem votou no Lula deve ser idiota, só pode. Porque tudo o que foi feito, roubo daquele, mais de R$ 1 trilhão, mais de dez processos, nove anos de condenação, três instâncias, 580 dias de cadeia, ele agora com dois anos, não vejo ninguém falando do rombo de R$ 1 trilhão fiscal, colocou dez novos impostos, só pode ser idiota para votar nele de novo”, disse Marçal ao Roda Viva, da TV Cultura.

O déficit fiscal nominal, no momento em R$ 1,066 trilhão, representa todo o setor público, incluindo estatais, estados e municípios. O déficit primário, que aponta de forma mais direta o saldo entre receitas e despesas com políticas públicas federais, acumula R$ 257,7 bilhões em 12 meses.

  • Aos 2:39 do vídeo abaixo, Marçal se refere aos eleitores de Lula como idiotas

Na quarta-feira (28), o autodenominado ex-coach disse ter tomado atitudes que, segundo ele, são idiotas para chamar atenção nos debates e nas redes sociais por causa da “mentalidade” da população.

“No processo eleitoral, me perdoe, você tem que ser um idiota. Infelizmente a nossa mentalidade gosta disso. E, por ser um povo que gosta disso, eu preciso produzir isso. Preciso ter um comportamento que chame atenção. Não é uma parada que eu me divirto”, disse em entrevista ao podcast Flow.

O candidato já havia dito em sabatina realizada pela TV Record em 23 de agosto que escolheu essa abordagem para atrair o eleitorado. “Quero pedir desculpas, porque para chegar onde cheguei nas pesquisas hoje eu tive que chamar a atenção de um jeito que não te agradou”, disse.

No Roda Viva, Marçal ainda evitou criticar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, e não respondeu se o considera um ditador, como vem sendo repetido por Elon Musk após o bloqueio do X (ex-Twitter).

Sobre o assunto, ele afirmou que “agora o Brasil inteiro está sentindo o que eu estou sentindo”, referindo-se à suspensão de seus perfis nas redes sociais, e disse acreditar que há um desequilíbrio entre os Poderes da República.

“Eu acredito que tem um desequilíbrio dentro da República e as competências dentro do Supremo, está muito politico, está tentando dosar uma radicalidade que tivermos no passado, e já passou do limite”, disse o influenciador. Para Marçal, é necessário baixar a pressão política no país.

Ainda, evitou opinar sobre um hipotético impeachment de Moraes, e disse que o Congresso Nacional precisa avaliar e apurar as mensagens vazadas do magistrado com assessores, reveladas pela Folha. “Nós confiamos na Justiça e não precisamos ter uma corte política”, concluiu o candidato.

Folha UOL

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