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Que país seremos?

Publicado em 04/12/2024

  Para além do nosso vira-latismo, referindo-se ao futebol, se vivo fosse, o que estaria a dizer Nelson Rodrigues?

              Se o presidente dos EUA pudesse determinar o funcionamento da nossa justiça, aí sim, nos tornaríamos num país de vira-latas e bem ao gosto dos radicais bolsonaristas.

                 Não creio, sinceramente, que o recém eleito presidente dos EUA, Donald Trump, entre as suas muitas preocupações, que a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, nas solenidades de sua posse, seja uma das suas mais urgentes, até porque, se isto viesse acorrer, sem dúvidas, a irônica denominação que nos fora dada pelo inesquecível Élson Rodrigues, a de vira-latas, voltaria a nos envergonhar, desta feita, politicamente.

               Que o presidente, Donald Trump, voltará a ser um dos homens mais poderosos do mundo, não resta dúvidas, conquanto a autodeterminação dos demais povos continue sendo respeitada. Portanto, não creio que a sua impetuosidade chegue a tanto, e até duvido, que a ausência do nosso ex-presidente Jair Bolsonaro, a referida posse, seja tão sentida, como estão a propalar os seus fanáticos seguidores.

             Definitivamente, o presidente dos EUA e de nenhum outro país do mundo detém poderes para conceder um salvo conduta aos condenados em outros países, em particular, no nosso país, sim e tão somente, as nossas autoridades constituídas. Portanto, só e somente só, o nosso poder judiciário, em particular, o nosso STF, terá poderes para autorizar o ex-presidente Jair Bolsonaro para que ele consiga chegar aos EUA e regozijar-se com a posse do seu maior e melhor amigo.

             Lamentavelmente os bolsonaristas, particularmente os mais radicais, ao invés de contribuir com a ida do seu ídolo aos EUA, e quem sabe até, ser fotografado ao lado do presidente Donald Trump, estão ameaçando o nosso STF, disto e daquilo, sem avaliar as reais conseqüências dos seus próprios desatinos. Isto tem nome: patriotadas.

           Seja a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro aos EUA, quando a sua elegibilidade, não depende da vontade do presidente Donald Trump, e sim, do nosso STF, e não apenas do ministro Alexandre de Morais, a quem os bolsonaristas já os apelidaram de Xandão, e sim do seu colegiado.

          A despeito do ministro Alexandre de Moraes ter chegado ao STF por indicação do então presidente Michel Temer, e não dupla Lula/Dilma Rousseff, mesmo que já tendo prometido que se conseguir se candidatar nas eleições presidenciais de 2026 gostaria de tê-lo como vice, o próprio Michel Temer já afirmou que não aceitaria o convite.

         Pouco importa que o ex-presidente Jair Bolsonaro esteja presente, ou não, a posse do presidente Donald Trump, mas para que isto aconteça, não é dele e nem do biliardário, Elon Musk, que isto se tornará possível.

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