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Púlpito e palanque

Atualizada em 24/04/2024 09:53

 O ex-pastor Silas Malafaia abandonou o púlpito e  transformou-se num politiqueiro de 5ª categoria.

        Em nome de Jesus e pregador de suas santas palavras, o então pastor Silas Malafaia, por anos a fio, conseguiu enganar os seus seguidores. Tanto soube que acabou se transformando num milionário, não a ponto de ser comparado com o arquimilionário, Elon Musk, seu mais recente endeusado, mas para os nossos padrões, certamente sim, afinal de contas, como beneficiário final dos dízimos que são dirigidos aos cofres das suas dezenas de igrejas, e por ele administradas, já faz parte do 1% dos brasileiros que detém 50% da nossa renda nacional.

        Eu, particularmente, já o vi e já o ouvi, numa das suas pregações orientando até mesmo os pobretões, sub-empregados e desempregados, como deveriam proceder para cumprir com suas obrigações, sob a alegação de ser o dízimo uma divina dívida.

       Como sou adepto do Estado laico, em decorrência disto, discordo profundamente, até mesmo de quem tenta misturar política e religião, até porque, toda vez que isto acontece, a falsidade acontece, e neste particular o próprio Silas Malafaia bem que se presta para exemplificar: no púlpito, como um falacioso pastor, e no palanque, como um politiqueiro de 5ª categoria.

         O próprio Lula, que ora Silas Malafaia tanto o odeia e tanto mal lhe deseja, nas eleições presidenciais de 2022, publicamente, recebeu o seu apoio, e com a mesma ênfase que nas eleições de 2022, o dito cujo emprestou seu apoio ao candidato Jair Bolsonaro.

     Pior ainda: ao se insurgir contra as nossas autoridades legais e legitimamente constituídas, Silas Malafaia, decidiu questionar a autoridade do nosso STF-Supremo Tribunal Federal, e para tanto, escolheu o ministro Alexandre de Moraes como se ele se prestasse como objeto de seu saco de pancadas.

      Se como eleitor tenho o direito de votar no candidato da minha preferência e como cristão tenho o dever de escolher o religioso que melhor possa me orientar, já pus o referido sujeito, Silas Malafaia, na pior das contas, seja como religioso ou como político.

    Quando o ministro Alexandre de Moraes teve seu nome citado 24 vezes, e de forma agressiva, na frustrara manifestação ocorrida na cidade do Rio de janeiro, só me veio à mente uma coisa: que sujeitinho ordinário este tal de Silas Malafaia se transformou.

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