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sábado, 17 de maio de 2025
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Projeto SUS – Tempo é Vida busca otimizar fila cirúrgica no Acre

Atualizada em 17/05/2025 10:19

Compromisso foi firmado nesta sexta-feira, 16, na Fundação Hospitalar Governador Flaviano Melo. Foto: Luan Martins/Sesacre

O governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e da Fundação Hospitalar Governador Flaviano Melo (Fundhacre), aderiu nesta sexta-feira, 16, ao projeto SUS: Tempo é Vida, elaborado pelo Ministério Público do Acre (MPAC). Com foco no fortalecimento do processo regulatório, a proposta tem como principal meta organizar e acelerar o acesso dos pacientes à rede de saúde, especialmente nos casos de maior gravidade, otimizando o tempo de resposta e garantindo mais qualidade na assistência ofertada.

O projeto nasce diante de uma realidade enfrentada em todo o Brasil: a sobrecarga dos serviços de urgência e emergência e a dificuldade de garantir um fluxo assistencial que respeite os critérios clínicos de prioridade. Nesse contexto, o Tempo é Vida surge como uma estratégia para garantir que o paciente certo seja atendido no tempo certo, no lugar certo.

Para o secretário de Saúde do Estado, Pedro Pascoal, a proposta reforça o trabalho já realizado pela Saúde estadual. “Esse projeto vem fortalecer um trabalho que já estamos fazendo: garantir que o paciente seja atendido com dignidade, no tempo certo e com a estrutura que ele merece. Por muito tempo, situações como a falta de leitos de UTI ou de salas cirúrgicas adequadas resultavam no cancelamento de cirurgias e frustrações para quem esperava há meses, às vezes anos. Hoje, com os avanços que conquistamos – como a ativação de 10 leitos de UTI pós-operatórios e a entrega do novo centro cirúrgico da Fundhacre, feita pelo governador Gladson Camelí, esses gargalos começam a ser superados. A adesão ao ‘Tempo é Vida’ reforça esse compromisso: o de garantir que nenhum paciente deixe de ser atendido por falhas que cabem à gestão resolver.”, afirmou Pascoal.

Com o projeto, a ideia é implementar ações estruturantes e resolutivas, de forma integrada com o poder público, para reverter os altos indices de suspensão de cirurgias eletivas no Acre, especialmente na Fundação Hospitalar. A presidente da Fundhacre, Soron Steiner, reforçou que com a assinatura do termo SUS Tempo é Vida junto ao Ministério Público, o compromisso com a dignidade dos pacientes é reforçado.

“Sabemos que a diminuição das suspensões cirúrgicas proporcionam uma maior celeridade no atendimento daquelas pessoas que ainda estão aguardando pelo seu procedimento. Hoje, nossa equipe esteve aqui, pessoas-chave nos serviços que envolvem o paciente desde o momento em que ele entra nas nossas instalações para realizar o seu procedimento até o seu momento de alta. Nosso compromisso é melhorar, qualificar ainda mais o processo de admissão e de alto desse paciente para que ele saia daqui com o seu procedimento cirúrgico realizado e sentindo a qualidade do serviço ofertado aqui na Fundação Hospitalar, por isso, agradecemos ao MPAC por somar com a gente nesta missão e reafirmamos nosso compromisso com todos os usuários do SUS”, frisou Steiner.

O promotor de Justiça Ocimar Sales Junior, da 1ª Promotoria Especializada em Defesa da Saúde do MPAC, reforça que a instituição fez o mapeamento das razões que culminavam no cancelamento de cirurgias, o que permitirá otimizar ainda mais os processos cirúrgicos.

“A gente identificou algumas situações que poderíamos avançar, então, é um propósito do Ministério Público com ações estruturantes, juntamente com a presidente Soron, que já vem ao longo da sua gestão colocando em prática e hoje a gente assina um termo de adesão muito importante, que confirma já essas ações em curso e ele também já faz o prognóstico para algumas que vão acontecer até o final do ano e a gente possa chegar ao final do ano com mais cirurgias realizadas e menos suspensões, representando um grande ganho para a população, não só em termos de qualidade e assistência, mas também em questões de recursos públicos, uma vez que essas suspensões trazem prejuízo também aos cofres públicos”, ponderou o promotor.

[Agência de Notícias do Acre]

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