Na manhã desta terça-feira, 9 de setembro, a chegada de um Projeto de Lei da Prefeitura de Rio Branco à Câmara Municipal causou surpresa tanto na base do prefeito Tião Bocalom quanto entre os vereadores da oposição. A proposta prevê um aumento de R$ 0,50 no subsídio por passageiro no transporte público da capital.
O projeto chegou de forma inesperada, e até mesmo vereadores aliados ao prefeito afirmaram não ter conhecimento prévio da medida. O líder do governo na Câmara, vereador Márcio Mustafá (PSDB), confessou que foi pego de surpresa. Segundo ele, a informação só chegou no momento em que já estava sendo discutida. Márcio declarou que o procedimento ideal seria uma reunião para alinhamento, mas que, nesse caso, se sentia completamente desinformado.
A oposição também criticou duramente a forma como a proposta foi encaminhada. O vereador Fábio Araújo (MDB) questionou a falta de dados essenciais no texto, como o impacto financeiro da medida nos cofres públicos. Mesmo assim, a tramitação foi autorizada pelo presidente da Câmara, vereador Joabe Lira (PL), o que levantou suspeitas de que o projeto não foi analisado com o devido cuidado.
Fábio Araújo afirmou que a Câmara Municipal está agindo como se fosse uma extensão da Prefeitura. Para ele, é inadmissível que uma proposta que envolve recursos públicos seja enviada sem a devida transparência. Ele ainda declarou que esse tipo de situação tem se repetido e cobrou mais responsabilidade da presidência da Casa, sugerindo inclusive que o projeto deveria ter sido devolvido ao Executivo para correções antes de seguir para análise dos vereadores.

