Atualizada em 21/05/2024 09:23
As poderosíssimas e modernas máquinas e agora , só prejudica a vida rural.
No Brasil, até o ano de 1950, a população urbana representava 19% do seu total e em 1965 este percentual alcançou os 50%, uma claríssima sinalização que o nosso país caminhava para se tornar um país majoritariamente urbano. Resultado: em 2010 o percentual da nossa população, vivendo nos nossos principais centros urbanos atingiu 85%.
No decorrer de 460 anos, de predominantemente rural e agrário, em apenas 60 anos as nossas cidades experimentaram um extraordinário crescimento de suas populações, e ao mesmo tempo e estimulando a criação de novas cidades.
A corrida campo/cidade se devia as precárias condições daqueles que viviam no campo: sem energia elétrica, sem água tratada para consumo humano, sem escola para si e especialmente para seus filhos, sem o mínimo de assistência médica, inclusive para as mulheres gestantes e dispondo apenas uma fonte de renda, àquela que era extraída do trabalho rural.
Passar a morar nas cidades, na suposição e até mesmo na esperança que suas vidas iram melhorar, passou a ser a prioridade de todos àqueles que viviam no campo. Aos jovens, bastaria assistir as primeiras novelas e os programas recreativos, só exibidos nas cidades, para nelas pretenderem se fixar.
Pior ainda: com a chegada das super-máquinas, daquelas que num dia produzia muito mais do que era produzida por um contingente superior a 100 homens, para a mão de obra rural ir sendo cada vez mais desvalorizadas.
Acontece que, tanto nas cidades existentes tanto quanto nas outras que surgiriam, não se preparam para receber os contingentes de pessoas oriundas dos campos e disto resultou o que presentemente denominar de irresponsabilidade urbano. Vejamos os favelados que presentemente vivem nas nossas grandes cidades, entre eles, os sacrificados que residiam em mais da metade das cidades do Estado do Rio Grande Sul.
Nossos atuais governadores e prefeitos devem ser responsabilizados pelas nossas recorrentes tragédias, entretanto, precisamos levar em conta as malditas heranças que receberam.