Atualizada em 01/05/2025 16:03
*Reprodução do (Everton Damasceno, ContilNet)
A construção das duas unidades é uma determinação do Ministério Público do Acre (MPAC) e do Poder Judiciário
Em entrevista concedida ao podcast do ContilNet, Em Cena, nesta semana, o secretário de Saúde de Rio Branco, Renan Biths, afirmou que a Prefeitura está se planejando para implementar um CAPS III e um serviço de residência terapêutica na capital acreana.
O CAPS III (Centro de Atenção Psicossocial) é um serviço de saúde mental da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) que oferece atendimento contínuo, 24 horas por dia, para pessoas que sofrem com transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de álcool e outras drogas. Esses centros visam promover a reinserção social, o tratamento e a recuperação desses indivíduos, oferecendo acolhimento, cuidados clínicos e apoio multidisciplinar.
Já o Serviço de Residência Terapêutica (SRT), existente em várias cidades do Brasil, constitui-se como uma alternativa de moradia para um grande contingente de pessoas internadas há anos em hospitais psiquiátricos, por não contarem com suporte adequado na comunidade. Além disso, essas residências podem servir de apoio a usuários de outros serviços de saúde mental que não possuam suporte familiar e social suficiente para garantir um espaço adequado de moradia.
Nenhum dos dois serviços está disponível em Rio Branco até o momento. “Estamos num processo de reestruturação e ampliação da nossa rede de atenção psicossocial”, disse Biths.
A proposta das residências é tratar esses pacientes de forma humanizada, sem isolá-los do convívio social.Foto: Reprodução
“Hoje tive uma reunião com o MPAC para tratar desse trabalho. Estamos planejando implantar mais um CAPS, com capacidade de funcionar 24 horas, que seria um CAPS de porte III, para que possamos dar um suporte maior a esse público que precisa desses serviços também no período noturno”, acrescentou.
Os SRTs surgem como alternativa diante do fechamento de hospitais psiquiátricos — popularmente chamados de manicômios — no Brasil. A proposta das residências é tratar esses pacientes de forma humanizada, sem isolá-los do convívio social.
“Tivemos uma reunião do prefeito com o desembargador Djalma para tratar desse assunto. A decisão mais inteligente é ampliar a capacidade de atendimento para esse público. Precisamos oferecer um atendimento humanizado e qualificado. É muito complexo, porque são pessoas expostas, com vínculos rompidos, que precisam, além do tratamento, de uma reinserção social”, destacou.
A construção das duas unidades é uma determinação do Ministério Público do Acre (MPAC) e do Poder Judiciário. Renan informou que, para implantar o SRT, é necessário que o CAPS III já esteja em funcionamento.
“Essa é uma decisão já tomada pelo prefeito Tião Bocalom, para que possamos implementar esse serviço que ainda não temos. Nossa equipe, que cuida da atenção psicossocial, já está identificando um local para a instalação da residência terapêutica. Inclusive, um dos requisitos para sua implantação é que haja um CAPS funcionando 24 horas, que será a retaguarda do serviço de residência terapêutica”, explicou.
O objetivo da Prefeitura é implantar os serviços até o fim do ano.
“A partir do momento em que concluirmos a implantação do CAPS — o que acreditamos que ocorrerá com a convocação do concurso que está em andamento, com posse prevista para o dia 12 — conseguiremos implementar um CAPS que funcione 24 horas e, a partir disso, o serviço de residência terapêutica. Já existe um plano bem avançado para a implementação desse serviço. É um compromisso que o prefeito tem com o MPAC e o Judiciário, com grupos de estudo já formados. Queremos encerrar o ano com esses dois serviços em funcionamento”, concluiu.
VEJA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA: