Atualizada em 16/05/2025 09:58
O nosso Acre bem que se prestaria como porta de entrada jamais como porta dos fundos para o mundo
O canal do Panamá, inaugurado no dia 15 de agosto de 1.914, foi um projeto desenvolvido pela França e os EUA e que se transformou num dos marcos importantíssimo na história do nosso comércio mundial, isto porque, acabou encurtando as rotas marítimas entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
Tão importante quanto o referido canal, teria sido a construção de uma rodovia ligando o Brasil ao Peru, por certo, passando pelo nosso Acre, ligando-nos ao oceano Pacífico. Bastaria isto para o nosso Acre ter deixado a condição de porta dos fundos para termos sido transformados na porta de entrada para os investidores, públicos ou privados, e de todo o mundo.
Esta sonhada rodovia, para nós acreanos, importantíssima, até já recebeu seu próprio nome: BR-317. Daí a pergunta que não pode calar: quanto tempo ainda estará nos restando para a sua concretização? Detalhe a ser avaliado: a distância entre o Acre e São Paulo é de 3.034 km, enquanto, a distância entre a cidade de Assis Brasil, fronteira do Acre com o Peru, com o oceano Pacífico, de 1.226 km.
Postergar a construção da rodovia que liga o Brasil ao Peru, a denominada Rodovia Interoceânica, para o Acre, já se tornou num inaceitável castigo para o nosso país, e em particular, para o Acre.
Lamentavelmente, enquanto país dominante do nosso continente americano, os EUA nunca tiveram o necessário e indispensável interesse de fazer a ligação rodoviária entre o Brasil e o oceano Pacífico, até chegarmos ao porto de Changay, recentemente ampliado.
Como a China decidiu financiar a construção do referido porto, e para tanto, investiram 3,5 bilhões de dólares, os radicais da chamada “direita” não apenas os do Brasil, como os do restante do nosso continente, passaram a acusar a China de querer expandir o regime comunista no nosso continente.
Quanta ignorância, afinal de contas, os interesses comerciais entre países não dizem respeito aos seus respectivos regimes políticos. Prova disto, o grosso do comércio mundial se dá entre os EUA e a China.
Qual foi a reação dos chamados radicais de direita quando o seu ídolo, Donald Trump, excluiu a Rússia dos seus assombrosos tarifaços e os impuseram aos seus tradicionais aliados, entre eles, ao México, Canadá e aos países europeus?
Nas mesas em que os negociantes dos países se reúnem para tratar de seus interesses econômicos não são disponibilidades assentos para os radicais, sejam eles de direita ou de esquerda.
Voltando a nossa ligação com o oceano Pacífico. Caso o presidente dos EUA, Donald Trump antecipando-se a disposição da China em construí-la, tudo bem, caso contrário, que a China se disponha a construí-la.