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Por que calou?

Atualizada em 28/02/2024 09:48

                          Ao ser inquirido pela Polícia Federal o ex-presidente Jair Bolsonaro deu calado como resposta

       Não apenas na nossa, mas em quaisquer das democracias que minimamente se prezam, aos acusados lhes são conferidos o direito de calarem-se, independente das autoridades que venham inquiri-los.

       Ao fechar-se em copas, ou seja, ao optar pelo silêncio, quando instado a prestar quaisquer depoimentos, calar-se ou responder aos questionamentos que lhes forem feitos, depende do interesse do próprio acusado. Depoimentos que são prestados submetendo o depoente a toda sorte de pressões psicológicas e/ou torturas, são procedimentos próprios das ditaduras. Vejamos o que levou a Operação Lava-Jato à desmoralização em que se encontra.

       Portanto, ao preferir o silêncio, por certo e mais certamente ainda, o ex-presidente Jair Bolsonaro seguiu a orientação de si mesmo e/ou da banca dos advogados que está cuidando da sua própria defesa.

        Há quem diga que “quem cala consente’. Ainda que esta seja a primeira conclusão que podemos extrair de determinados depoimentos, não raramente, é no curso das investigações que o próprio investigado apresenta, não apenas as evidências, e sim, as provas da sua inocência.

       Lamentavelmente, a altíssima temperatura do nosso clima político está nos empurrando para o pior dos mundos. Reporto-me a polarização política que se encontra estabelecida no nosso país. Pior ainda: carregadas de um nefasto e nefando personalismo, a exemplo do que aconteceu nos tempos de Adolf Hitler, Josef Stalin, Benito Mussolini, Mao Tsé-tung, Saddam Hussein, Fidel Castro, Augusto Pinochet e vários outros sanguinários, segundo registros históricos.

      Se ainda não chegamos a tanto, sem dúvidas, estamos perseguindo os mesmos caminhos que foram trilhados pelos tiranos acima citados. Para tanto basta verificarmos o que ainda resta dos nossos partidos públicos. Com raríssimas exceções, apenas se prestam para emprestar suas legendas para abrigar candidaturas. De mais a mais: nada justiça o tratamento que a nossa Suprema Corte de Justiça vem recebendo de um politiqueiro e mercenário que tipo Silas Malafaia.

     Jamais acusei o ex-presidente Jair Bolsonaro de genocida e tampouco o hoje presidente Lula de ladrão. Contundo, são com tais adjetivações que os seguidores do bolsonarismo, assim como, os seguidores do lulismo acostumaram-se a trocar os seus insultos.

      Já que às eleições deste ano não terão nenhuma relação com as nossas eleições presidenciais, vide as eleições de Collor e do próprio Bolsonaro. Portanto, o que haveremos de esperar até chegar 2026

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