As mulheres representam 53% do nosso eleitorado e os homens, 47%, mas são politicamente sub-representadas.
Em todos os segmentos da nossa sociedade a presença das mulheres tem crescido, até mesmo nas funções que outrora pareciam ser privativas dos homens. Nas nossas forças armadas e nas nossas polícias militares, as mulheres sequer tinham acesso, a lembrar: só no ano de 1980 a nossa marinha admitiu em suas tropas as primeiras mulheres, a seguir veio a aeronáutica, em 1981 e o exército em 1989.
A enfatizar: o próprio Banco do Brasil só admitia em seus quadros funcionários do sexo masculino, a propósito, Emma Medeiros foi a primeira mulher a se tornar sua funcionária, isto no ano de 1924. Presentemente, o próprio Banco do Brasil está sendo presidida por uma mulher, a paraibana Tarciana Medeiros, e em alusão a sua competência, por vezes vem sendo chamada de mulher-macho.
Não, nem a competência e nem a autoridade de quem ocupa uma determinada função, por mais importante que ela seja, depende do sexo do seu ocupante. De certo uma coisa: onde tem chegado às mulheres tem se revelado capazes para enfrentar os desafios que lhes são impostos.
Alguns exemplos chegam a desmerecer a importância das mulheres, e na natividade política, particularmente, pergunto: por que no nosso país, as mulheres continuam sendo sub-representadas? No nosso Congresso Nacional, ou mais precisamente, na nossa Câmara dos Deputados, a chamada casa do povo, entre os nossos 513 deputados federais, apenas 77 mulheres se fazem presentes, ou seja, apenas 17,7% têm assentos?
O machismo, se é que assim podermos denominá-lo, não é única das nossas jaboticabas, isto porque, até mesmo na mais emblemática democracia do mundo, a dos EUA, jamais uma mulher conseguiu chegar a sua presidência, e cá entre nós, apenas uma mulher, a ex-presidente Dilma Rousseff, a despeito do seu questionável desempenho.
Aqui no Acre, dos três potenciais candidatos a suceder o governador Gladson, para não fugir a regra, dois são do sexo masculino, o senador Alan Rick, o prefeito Tião Bocalon e a hoje vice-governadora Mailza Assis porão seus nomes na disputa, e segundo ela, não com a disposição para entrar numa disputa de sexo, e sim, por se sentir capacitada para dá continuidade aos oito anos de servidos prestados pelo seu apoiador, Gladson Cameli.
De mim não esperem agressões, pois jamais entrarei na baixaria política, e contra as mulheres, dada as suas prudências, a principal característica das mulheres, se eleita, governará para todos e sem discriminar nem mesmo aqueles que não tenham lhe prestigiado com seus votos. Reportando-me às mulheres, enfatizo: chegou a hora dos eleitores do sexo masculino deixar suas desconfianças para trás.

