Atualizada em 11/02/2025 09:56
Quem nelas desacreditam, descrêem e/ou duvidam?
Sempre que são divulgados os resultados de uma pesquisa eleitoral, de pronto, os defensores dos candidatos melhores avaliados, para além de sua ampla divulgação, ainda saem em defesa da capacidade técnica do instituto que a elaborara e dos estatísticos que dela tenham participado. De outro lado, os defensores das demais candidaturas, inclusive àqueles que foram precariamente avaliados, na tentativa de desacreditá-la, passa a tratá-la como tendo sido uma empreitada propositadamente encomendada e com seus resultados previamente combinados e previstos.
Eu, particularmente, dada a minha formação profissional, sempre considerei e continuarei considerando as pesquisas como fundamentalmente importantes, conquanto as mesmas tenham sido elaboradas com o máximo de rigor técnico e isenção.
Entretanto, em se tratando de determinadas pesquisas com fins eleitorais, sequer perco o meu tempo em apreciá-las, sequer para dar uma breve passada de olhos, posto que, a maioria dos institutos de pesquisas eleitorais, sobretudo seus integrantes, lamentavelmente, estão vendendo resultados bem ao gosto de quem os tenha remunerado.
Neste particular, as duas mais recentes pesquisas elaboradas pelo instituto Quaest, presentemente, o mais requisitado e mais acreditado do nosso país, no quesito “pesquisa eleitoral”, está vivendo o prestigiado período que outrora foi vivido pelo Ibope e o Gallup. Porém, nas suas mais recentes pesquisas, uma revelando a queda do prestígio eleitoral do presidente Lula, esta bastante explorada pelos bolsonaristas, e outra, que considerava atual presidente Lula como imbatível na disputa presidencial eleitoral de 2026, portanto, bastante elogiada pelos lulistas, nos leva a fazer o seguinte questionamento: por que, nos períodos pré-eleitorais, com bastante freqüência, dia sim e outro também, os mais díspares resultados das pesquisas eleitorais são tornados públicos?
Se ainda não encontramos as correspondentes respostas para este questionamento, menos ainda a teremos no sentido de evitar que os tais institutos de pesquisas continuem vendendo seus falaciosos resultados, isto porque, eleição e mineração, só após serem devidamente exploradas é que poderemos crer nos seus resultados.
Lamentavelmente, dada a nossa baixíssima cultura política, os nossos eleitores, em grande parte, até chegam a crer nos resultados divulgados por determinados institutos de pesquisas, quando os mesmos, em eleições passadas, já haviam se revelado incompetentes para participar de um mercado, no qual, a capacidade técnica e a isenção, sem manipulações e trapaças, deveriam prevalecer.