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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
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Pela 1ª vez no AC, Seminário Internacional de Bioeconomia promove discussões sobre desenvolvimento sustentável; saiba como participar

Evento acontece pela primeira vez e o Acre foi a sede escolhida — Foto: Reprodução

Txai Amazônia reunirá representantes dos nove estados da Amazônia Legal, além de lideranças indígenas, empreendedores da floresta, pesquisadores, instituições, governos e redes internacionais em painéis e cases de sucesso de 25 a 28 de junho. Inscrições podem ser feitas pela internet.

O Seminário Internacional de Bioeconomia e Desenvolvimento Sustentável Txai Amazônia, que reunirá representantes dos nove estados da Amazônia Legal, lideranças indígenas, empreendedores da floresta, pesquisadores, instituições, governos e redes internacionais, ocorre pela primeira vez no Acre entre os dias 25 a 28 de junho. (Confira a programação completa abaixo)

O evento contará com painéis temáticos, experiências culturais e os principais cases de sucesso da bioeconomia amazônica. De acordo com os organizadores do evento, o local será um “espaço de encontros entre tradição e futuro, saberes ancestrais e inovação”.

As vagas são limitadas, sendo 150 para participação nos painéis temáticos e 25 para acesso às atividades dos cases de sucesso, que serão as visitas e rodas de conversa. Para participar, os interessados podem se inscrever através do link.

O evento é promovido pelo Instituto Sapien, que é uma Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT), em parceria com governo do Acre. O presidente do Instituto Sapien, Lucas Varela, disse que a escolha pelo Acre se deu por dois motivos principais: o protagonismo socioambiental e a atuação integrada entre governo e sociedade.

O estado tem reconhecimento nacional e internacional por iniciativas pioneiras na valorização da floresta em pé e no desenvolvimento socioeconômico. Também conta com uma articulação consolidada entre instituições públicas, universidades, organizações indígenas, fundações de pesquisa e movimentos sociais”, disse ele.

Lucas falou ainda que o seminário pretende promover o diálogo entre saberes tradicionais e conhecimentos técnicos, valorizando experiências de comunidades indígenas, extrativistas e ribeirinhas, além de identificar e divulgar boas práticas em desenvolvimento sustentável.

“O Txai Amazônia busca incentivar a formulação e o alinhamento de políticas públicas integradas, com foco em serviços ambientais, governança territorial, mudanças climáticas e inclusão social e também fomentar parcerias e redes de cooperação entre governos, academia, setor produtivo e sociedade civil, incluindo atores internacionais”, comentou ele.

Será publicada, no final do evento, uma Carta de Proposições do Txai Amazônia, um documento com as deliberações, propostas e encaminhamentos construídos durante o seminário. Esse material será entregue ao Governo do Acre, ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional e a instituições parceiras, solicitando políticas e projetos na região.

Seminários

Entre painéis, cases de sucesso e apresentações, o objetivo das conferências é impulsionar a bioeconomia e os serviços ambientais, promovendo a sociobiodiversidade da Amazônia brasileira por meio do diálogo. Além disso, a ideia é valorizar os conhecimentos e as práticas tradicionais dos povos da floresta, integrando-os com as mais recentes inovações tecnológicas.

Além da convenção, durante o evento haverá apresentações de cinema, música, teatro e graffiti. As informações sobre as exposições e mostras podem ser conferidas nas redes sociais do evento.

A programação temática do TXAI Amazônia foi estruturada em sete eixos centrais que abordam os principais desafios e oportunidades para o fortalecimento da bioeconomia e dos serviços socioambientais na Amazônia.

Cada eixo reúne painéis compostos por especialistas, lideranças tradicionais, gestores públicos e representantes do setor produtivo, que trarão reflexões e experiências sobre temas como sociobiodiversidade, saberes tradicionais, inovação, governança, financiamento, mudanças climáticas e cadeias produtivas sustentáveis.

As resoluções sobre as discussões que acontecerão durante o evento, serão levadas à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que acontece esse ano no Brasil, mais precisamente em Belém do Pará.

Informações sobre o evento que acontece no AC podem ser conferidas no instagram ou no site — Foto: Reprodução

Informações sobre o evento que acontece no AC podem ser conferidas no instagram ou no site — Foto: Reprodução

Uma das presenças confirmadas é a do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos Parkinson. Durante o evento, ele deve participar do painel sobre a Cooperação para o Desenvolvimento da Bioeconomia Pan-Amazônica.

Confira abaixo os painéis que irão acontecer durante o evento e quais as discussões de cada um:

  • Painel: O olhar indígena na construção dos conceitos de Sociobiodiversidade e Sociobioeconomia (Destaca a valorização dos saberes indígenas e os impactos da bioeconomia moderna em seus territórios, reforçando a importância das salvaguardas culturais).
  • Painel: Mulheres da Amazônia e sustentabilidade (Discute o papel das mulheres no desenvolvimento da Amazônia, com foco na liderança feminina na bioeconomia e agricultura familiar, por meio de casos de sucesso).
  • Painel: Saberes e fazeres tradicionais na bioeconomia (Debate a integração entre ciência e saberes tradicionais, os desafios da inovação e o papel das comunidades e startups na industrialização sustentável de bioprodutos).
  • Painel: Manejo madeireiro e Bambu na Amazônia (Aborda práticas sustentáveis e tecnologias aplicadas ao manejo florestal e ao uso do bambu, com foco em agregação de valor e conservação).
  • Painel: Extrativismo Sustentável e economia regional (Discute políticas públicas e estratégias nacionais para a bioeconomia, destacando os desafios conceituais e a importância de evitar erros do passado).
  • Painel: Integração Pan-Amazônica para a bioeconomia (Debate a importância das rotas de integração regional e internacional para a competitividade dos produtos da bioeconomia amazônica).
  • Painel: Plano Nacional da Bioeconomia (Apresenta a Estratégia Nacional de Bioeconomia e propõe reflexões sobre a efetividade e os riscos de repetição de modelos anteriores).
  • Painel: Agricultura familiar e bioeconomia na Amazônia (Aponta oportunidades de conexão entre bioeconomia e agricultura familiar, com foco em inovação e boas práticas já em curso).
  • Painel: Bioeconomia e Agro: convergências possíveis (Analisa como a bioeconomia e o agro podem se complementar na geração de valor e conservação ambiental, superando visões de conflito).
  • Painel: Instrumentos públicos de financiamento (Foca em oportunidades e mecanismos de financiamento público e internacional para impulsionar a bioeconomia e os serviços ambientais).
  • Painel: Investimento privado e bioeconomia (Aponta caminhos para ampliar o papel do capital privado no fortalecimento da bioeconomia amazônica).
  • Painel: SISA: modelo de desenvolvimento jurisdicional (Apresenta o SISA como referência em serviços ambientais e destaca o protagonismo dos povos indígenas e tradicionais na sua implementação).
  • Painel: Gestão territorial e clima: uso sustentável da terra (Explora soluções de governança territorial em áreas protegidas com foco na mitigação das mudanças climáticas e bem-estar das comunidades).
  • Painel: Integração de saberes e qualificação (Propõe a articulação entre conhecimento científico e saberes tradicionais para qualificar a bioeconomia amazônica).
  • Painel: Pesquisa aplicada à industrialização da bioeconomia (Aborda os gargalos tecnológicos e a necessidade de sistemas integrados de produção, processamento e comercialização com uso de IA, redes colaborativas e logística inteligente).

Já os cases de sucesso foram selecionados por uma curadoria que buscou olhar à diversidade, inovação e impacto social na floresta. As informações completas sobre cada case podem ser conferidas através do site txaiamazonia.com.br.

Seminário irá discutir preservação ambiental e saberes tradicionais no AC — Foto: Cedida

Seminário irá discutir preservação ambiental e saberes tradicionais no AC — Foto: Cedida

Programação – TXAI Amazônia

25/06 (Quarta-feira)

  • 07h – Credenciamento
  • 07h30 – Boas vindas (Coffee break)
  • 8h – Cerimônia de abertura (contará com a presença do Presidente Instituto Sapien, Lucas Varela autoridades dos poderes Executivo e Legislativo do Acre e dos nove estados da Amazônia Legal, além de representantes do Peru e da Bolívia)
  • 9h30 – Painel: O olhar indígena para a construção dos conceitos de de “Sociobiodiversidade” e “Sociobioeconomia”. (Mediador​a: Francisca Arara – Secretária Extraordinária dos Povos Indígenas do Acre)
  • 11h – Painel: Plano Nacional da Bioeconomia​ (Mediador​: Marky Brito – Diretor de Desenvolvimento Regional – Secretaria de Estado de Planejamento Acre)
  • 14h – Painel: Manejo florestal madeireiro e Bambu da Amazônia (Mediador​: Marcos Rino – Engenheiro Florestal)
  • 15h30 – Painel: Financiamento da Bioeconomia-Financiamentos da Bioeconomia Instrumentos financeiros para bioeconomia e serviços ambientais: Oportunidade pública e internacional (Mediador​a: Alessandra Peres – Diretora de Mudanças do Clima e Climate Finance para LAC e Africa)
  • 16h30 – Painel: Bioeconomia e Agro: O quanto o Agro pode ser Bioeconomico e o quanto a bioeconomia pode ser Agro (Mediador: Edivan Maciel – Secretário Adjunto de Agricultura do Acre)

26/06 (Quinta-feira)

  • 07h30 – Credenciamento
  • 8h – Boas vindas (Coffee break)
  • 9h – Painel: Integração de Saberes: Ciência, Tradição e Qualificação para a Bioeconomia Amazônica (Mediador​a: Terezinha Aparecida Borges Dias – Pesquisadora – Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia)
  • 10h – Painel: Extrativismo Sustentável e os impactos para a Economia da Amazônia (Mediador​: Eufran Amaral – Pesquisador da Embrapa Acre)
  • 11h – Painel: Plano Nacional da Bioeconomia​ (Mediador​: Marky Brito – Diretor de Desenvolvimento Regional – Secretaria de Estado de Planejamento Acre)
  • 14h – Painel: A agricultura familiar e a bioeconomia na Amazônia (Mediador​: Daniel Alex Fortunato – Secretário de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional)
  • 15h30 – Painel: O gênero e a preservação do meio ambiente: o papel das mulheres da Amazônia no desenvolvimento da Bioeconomia (Mediador​a: Professora Andréia Alechandre – PZ/UFAC)
  • 16h30 – Painel: Financiamento privado para Bioeconomia Instrumentos financeiros para bioeconomia e serviços ambientais: Oportunidades privadas (Mediador​: Eugênio Pantoja – Gerente sênior de Performance Social da Hydro)

27/06 (Sexta-feira)

  • 07h30 – Credenciamento
  • 8h – Boas vindas (Coffee break)
  • 9h – Painel: Cooperação para o Desenvolvimento da Bioeconomia Pan-Amazônica: Rota de Integração Regional e Internacional​ (Mediador​a: Terezinha Aparecida Borges Dias – Pesquisadora – Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia) E a presença do Ministro.
  • 10h – Painel: Uso da terra com sabedoria como base para a gestão territorial de terras protegidas e mitigação às mudanças climáticas (Mediador​: Eufran Amaral – Pesquisador da Embrapa Acre)
  • 14h – Painel: Ciência, tecnologia e Ancestralidade: Unindo forças para a bioeconomia (Mediador​: Davilson Cunha – coordenador de Desenvolvimento Regional da Fundação de Pesquisas do Estado do Acre (Fapac))
  • 15h30 –Painel: Plano Nacional da Bioeconomia​ (Mediador​: Marky Brito – Diretor de Desenvolvimento Regional – Secretaria de Estado de Planejamento Acre)
  • 15h30 – Painel: Do Acre para o mundo: O SISA como estratégia de desenvolvimento jurisdicional (Mediador​: Eufran Amaral – Pesquisador da Embrapa Acre)
  • 16h30 – Painel: Comunidades Tradicionais e a sua diversidade cultural : Saberes, fazeres e a Bioeconomia (Mediador​a: Nedina Yawanawa – Diretoria Indígena da Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas do Acre)

28/06 (Sábado)

  • 14h – Painel – Levantamento e Identificação da bioeconomia e da sociobiodiversidade na Amazônia (Mediador​: Eugênio Pantoja – Gerente sênior de Performance Social da Hydro)
  • 15h – Conferência (Conferência plenária – Realização de 01 conferência aberta híbrida com participação de delegações estaduais e da sociedade civil mediada pelo instituto Sapien)
  • 18h – Encerramento

(G1 Acre)

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