Atualizada em 05/07/2024 10:52
Uma parceria entre a Prefeitura de Rio Branco e o Ministério Público do Acre (MPAC), por meio da Promotoria da Vara de Execuções Penais, vem promovendo uma série de atendimentos odontológicos aos reeducandos dentro dos presídios da capital acreana. A ação de saúde bucal,
inclusive, vem recebendo elogios em contexto nacional, pelo serviço humanizado ofertado às pessoas privadas de liberdade.
Na manhã de terça-feira (2), iniciamos a segunda etapa de atendimentos. O Promotor de Justiça do Ministério Público, Dr. Tales Tranin, falou que apesar da demanda reprimida para atendimentos odontológicos durante a pandemia, o objetivo agora, com o apoio da gestão municipal, tem alcançado os objetivos.
“A primeira edição foi um sucesso. Foram atendidos 750 reeducandos. Foi a maior intervenção dentária ocorrida dentro de presídios no Brasil. Agora, a previsão é de mais ou menos 800 reeducandos, serem atendidos nessa segunda edição. E a prefeitura teve essa compaixão, esse olhar bondoso com os reeducandos, cedendo essas cinco vans. Muita gratidão por isso”.
O reeducando E.L, que encontra-se sob custódia do estado há 10 anos, no Francisco de Oliveira Conde, diz que em todo esse tempo, é a primeira vez que uma ação odontológica presta serviços no complexo prisional.
“Melhora muito pra nós porque estamos aqui no cárcere há muitos anos. Eu praticamente estou com dez anos aqui preso, e é a primeira vez que estou vindo para o atendimento. Muito bom como está sendo. Muita gente com o dente doendo, para arrancar, furado ou deteriorado. Dá até para restaurar, mas o posto médico daqui quando vai é logo pra arrancar, não tem escolha, é arrancar e pronto. Então achei muito boa a visita pra nós, fazendo esse mutirão”.
A.C de Oliveira, que também é reeducando do Foc, como é conhecida a unidade prisional, diz que além do atendimento em odontologia, todos os pacientes já recebem a medicação necessária para cada pós-procedimento.
“Muitos só ficam com dor de dente, mas muitos perdem os dentes. Tem uns que não podem restaurar, que só podia arrancar na enfermaria e agora podemos restaurar ou ajeitar. Os que tem que arrancar, arranca. Então é muito bom isso”.
[Assessoria]