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Para que servem

Atualizada em 10/10/2024 10:52

 As eleições destinam-se a diminuir as altas temperaturas e as pressões das todas as sociedade democráticas.

      Exceto nos municípios cujos candidatos não alcançaram 50% dos votos válidos os seus candidatos a prefeito terão que se submeterem a uma nova eleição, reporto-me aos municípios com mais de 200.000 eleitores, diga-se de passagem, uma determinação absolutamente necessária, afinal de contas, em razão do nosso anárquico sistema partidário, se todos os candidatos que disputou o 1° turno também se fizessem presentes no 2º turno, muito provavelmente nenhum deles alcançaria a maioria desejável para legitimarem as suas próprias eleições.

     A disputa pela prefeitura da cidade de São Paulo, pela sua significativa importância, e em 1º turno, praticamente nacionalizou as nossas mais recentes disputas, quando os seus resultados nada terão a ver com as eleições de 2026. Por mais uma vez, não aos candidatos, nem aos vencedores e nem aos derrotados, deveremos responsabilizá-los pelo que já resultou em 1º turno e nem pelo que resultará em 2º turno, e sim, a nossa irresponsável e antidemocrática legislação político-partidária.

      Quando em 1989, Fernando Affonso Collor de Mello, e em 2018, Jair Bolsonaro, se elegeram presidente da nossa República, os seus respectivos partidos, o PRN e o PSL não contavam com um único prefeito, um único governador e nenhum parlamentar, e em todos os níveis, que haviam sido eleitos pelos seus respectivos partidos. Detalhe: tanto o PRN quanto o PSL, vitimados por uma paralisia infantil, já se encontram mortos e sepultado no mesmíssimo cemitério para onde são levados os partidos de ocasião.         Embora não exista nenhuma democracia exemplar, nem a dos EUA e nem a do Reino Unido, ainda assim, delas poderíamos extrair os melhores exemplos para o fortalecimento da nossa democracia. No Congresso Nacional dos EUA, salvo raríssimas exceções, vamos encontrar seus deputados e senadores e os detentores de mandatos executivos eleitos por praticamente dois partidos políticos: o Democrata e o republicano. No Reino Unido apenas três partidos: o conservador, o trabalhista e o liberal, particularmente, o conservador e o trabalhista, revezam-se no poder.

      Enquanto isto, no nosso país, ou mais precisamente, nas nossas duas principais Casas legislativas, a Câmara dos Deputados e o Senado, vamos encontrar representantes de mais de 20 partidos políticos. Isto, por si só, conspira contra a nossa democracia e as nossas práticas republicanas, isto porque, só e somente só, à base das mais espúrias negociatas o presidente da nossa República, todos os nossos governadores e prefeitos, conseguem que aprovar seus próprios compromissos eleitorais.

     Ao tempo que parabenizo os prefeitos eleitos da nossa eleição, ainda em curso, restando-me contestar a nossa anarquia partidária.

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