O preço do ouro voltou a subir com força nesta quarta-feira (15), renovando seu recorde histórico em meio ao cenário de instabilidade econômica global. Cotado a US$ 4.163,40 por onça-troy, o metal registrou alta de 0,73% na Bolsa de Valores de Nova York. Durante a sessão, chegou a bater US$ 4.190,90, marcando a maior cotação nominal de todos os tempos.
A disparada do ouro ocorre em meio à guerra comercial entre Estados Unidos e China, à crescente incerteza fiscal nos EUA e às expectativas do mercado por novos cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed). Atualmente, os juros norte-americanos estão entre 4% e 4,25% ao ano, após o corte de 0,25 ponto percentual em setembro.
📉 Busca por segurança impulsiona metal
Segundo analistas financeiros, a alta do ouro é impulsionada por um movimento de fuga para ativos considerados mais seguros, como ouro, prata e criptomoedas, em meio à desvalorização de moedas e à instabilidade dos mercados acionários.
Esse movimento, conhecido como “comércio da desvalorização”, ocorre quando investidores abandonam ativos tradicionais, como ações e moedas fiduciárias, buscando proteção contra riscos macroeconômicos.
Além disso, como o ouro é um ativo que não rende juros, ele tende a se valorizar em períodos de juros mais baixos, quando investimentos em renda fixa perdem atratividade.
🥈 Prata também atinge recorde
A prata segue a mesma trajetória de valorização. O metal encerrou o dia com alta de 0,38%, cotado a US$ 50,62 por onça-troy — também um novo recorde de fechamento. Durante o pregão, atingiu a máxima intradiária de US$ 52,49.
A tendência de alta dos metais preciosos reflete a crescente aversão ao risco no mercado global e a expectativa de que o Fed continue reduzindo os juros nos próximos meses. A próxima reunião do comitê do banco central norte-americano está marcada para o fim de outubro.

