Otaviano Costa voltou para casa esta semana após uma complexa cirurgia cardíaca. Um aneurisma na aorta foi descoberto por acaso no início do mês passado, durante uma consulta médica motivada por uma dor nas costas.
Ao retornar ao lar, Otaviano descreveu a sensação como um reencontro com a vida. Ele e sua esposa, Flávia Alessandra, concederam uma entrevista ao Fantástico logo após chegarem de São Paulo, onde ele ficou internado por 15 dias.
“A primeira coisa que eu fiz foi… as meninas que trabalham aqui em casa colocaram uns balõezinhos lindos… Aí eu fui perto do meu piano e voltei… foi muito emocionante. E abracei as meninas todas, foi aquela farra. Misto de emoção, reencontro, do sonho ou pesadelo que acabou”, contou Otaviano.
Flávia, que acompanhou o marido durante todo o processo, acrescentou: “Acompanhei ele esses dias todos, então, vi cada pedacinho de evolução, cada dia… e vai ser muita coisa junto porque a gente acabou de chegar em casa.”
Diagnóstico inesperado
Durante uma viagem a Buenos Aires com a família, Otaviano sentiu uma leve dor na costela, o que o levou a procurar um médico ao retornar ao Rio. Um ecocardiograma revelou um aneurisma da artéria aorta em estágio avançado. O cardiologista Roberto Kalil Filho explicou: “O coração é uma bomba de músculo que bombeia sangue para o corpo inteiro. Na saída, tem a aorta, que é um tubo que leva sangue para o corpo inteiro, da cabeça aos pés.”
Kalil esclareceu que a dilatação da aorta pode levar à formação de um aneurisma, que é uma dilatação maior da artéria. “É uma doença silenciosa. Se não diagnosticada, pode levar à morte súbita quando o aneurisma rompe.”
Cirurgia de alto risco
Otaviano revelou que já monitorava uma má-formação congênita na válvula aórtica, que contribuiu para o agravamento do aneurisma. Ele lembrou: “Em 2007, detectei algo que havia nascido comigo. Só que aí passei dois anos me negligenciando, sem fazer o meu check-up.”
A cirurgia, realizada em 10 de julho, durou quase oito horas e envolveu a substituição da válvula aórtica e parte da aorta por um tubo valvulado. Durante o procedimento, a circulação sanguínea de Otaviano foi mantida por uma máquina de circulação extracorpórea.
Recuperação e agradecimentos
Otaviano descreveu a experiência pós-cirúrgica como assustadora, com dois drenos removendo sangue e um sangramento adicional que complicou a recuperação inicial. No entanto, ele já começou a caminhar pelo hospital pouco depois.
O apresentador decidiu compartilhar sua história nas redes sociais para alertar sobre a importância dos exames de rotina. “Um vídeo que impactou milhares de pessoas. Quantos relatos de gente que viveu, gente que vive isso ou que mesmo não estando enquadrado nessas duas situações, diante do alerta que nós geramos, que eu gerei, fazendo check-up e ecocardiogramas.”
Otaviano destacou a importância do ecocardiograma, um exame oferecido pelo SUS. Em São Paulo, mais de 3.000 pessoas aguardam na fila, com tempo médio de espera de 43 dias.
“A fé e a gratidão foram fundamentais para superar essa fase. Foi um simples ecocardiograma que salvou minha vida”, afirmou Otaviano.
Novos planos e celebrações
Após a cirurgia, Otaviano planeja celebrar a vida de maneira diferente. Ele lamentou não ter comemorado o aniversário de 50 anos de Flávia, mas promete uma grande celebração para os 52 anos, incluindo as datas de nascimento e sobrevivência.
“Agora é viver a vida plenamente, sem risco nenhum, acompanhando, continuando a acompanhar…”, concluiu Otaviano.
[O Fuxico]