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O que diz a história

Atualizada em 07/10/2024 10:46

    Collor e Bolsonaro chegaram a presidência da República debochando dos nossos partidos.  

          Em 1989, Fernando Collor de Melo não dispunha do apoio de nenhum dos nossos tradicionais partido políticos. Apenas dispunha da sigla de um partidozinho, apelidado de PRN e mesmo assim acabou sendo eleito. E o mais surpreendente: já no 1º turno da referida disputa ele conseguiu derrotar Ulisses Guimarães, Leonel Brizola, Mário Covas, Paulo Maluf, entre outros. O tal PRN não dispunha de nenhum prefeito filiado a sua sigla e entre os governadores, apenas o do Estado das Alagoas, o apoiou.

       Em 2018, Jair Bolsonaro não recebeu o apoio declarado de nenhum prefeito e de nenhum governador filiado ao seu PSL. No nosso Congresso Nacional, igualmente, ainda assim, ele acabou se elegendo presidente da nossa, digo e repito: frágil democracia.

     Se caprichosamente a nossa natureza não permite que dois raios caia no mesmo lugar, no nosso país, em razão da nossa anárquica legislação eleitoral isto é possível. Guardadas as devidas proporções, a disputa pela prefeitura de São Paulo, a que presentemente mais nos tem chamado a atenção, em razão da candidatura Pablo Marçal, faltando menos de uma semana para a disputa em 1º turno, ninguém poderá afirmar, com o mínimo segurança, nem os mais badalados institutos de pesquisas, quais os candidatos que irão disputar o 2º turno.

      Revendo a história, se é que a mesma venha se prestar como exemplo, o único ex-prefeito da cidade de São Paulo que conseguiu chegar a nossa presidência foi Jânio Quadros, isto na longínqua década de 1950. De mais a mais, nenhum dos ex-governadores do poderosíssimo Estado de São Paulo conseguiu chegar à presidência da nossa República. Que o seu atual governador, Tarcísio de Freitas, lembre-se disto antes de definir a sua candidatura nas eleições de 2026.

       Presentemente, dada a maciça presença dos internautas ocupando às nossas redes sociais, as nossas disputas eleitorais estão se dando à base do assassinato de reputações dos próprios candidatos, e em se fazendo necessários socos, cadeiradas e as mais desmoralizadoras acusações se farão presentes.

       Particularmente, não creio que com suas pilantragens Pablo Marçal acabe se elegendo prefeito da cidade de São Paulo, ainda assim, nada mais ameaçador, em particular, para as eleições de 2026, do que termos de admitir que o dito cujo poderá ser candidato à presidente da nossa República, a despeito da nossa nociva polarização Lula/Bolsonaro.

      Caso a nossa legislação político-partidária se mantenha, e não raramente, piorando, nada poderá ser feito contra Pablo Marçal e nem contra os milhares de novos alunos que passarão a seguir as suas lições.

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