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No Tribuna Livre Luís Calixto defende candidatura de Mailza Assis, crítica Bocalom e mostra o caminho para aliança com o PL de Marcio Bittar

Publicado em 09/12/2025

Luís Calixto é secretário de governo, foi deputado estadual por três mandatos e continua com a política correndo nas veias. Quando o assunto é defender a candidatura de Mailza Assis Calixto não tem meias palavras. “Ele é uma mulher brilhante, vai dar continuidade ao governo Gladson Camelí e ninguém tem o direito de exigir a retirada da sua candidatura.” Disse Calixto.

Apoio a Mailza
Calixto confirma aliança robusta e conversas avançadas com o MDB para 2026.
O secretário reafirmou o apoio incondicional do governo à candidatura da vice-governadora Mailza Assis. Ele destacou que a aliança vitoriosa de 2022 deve ser mantida e ampliada, revelando que o governo está em conversas “promissoras” para trazer o MDB para a chapa, comparando a negociação a um “pedido de casamento” político.

Crítica a Bocalom

Houve uma crítica direta à possibilidade do prefeito Tião Bocalom deixar o cargo para disputar o governo. Calixto defendeu que mandatos devem ser cumpridos até o fim em respeito ao eleitor e citou exemplos históricos de prefeitos que renunciaram e perderam eleições subsequentes, apelando para o princípio da gratidão e reciprocidade .

Fidelidade no Governo

Calixto foi enfático ao dizer que a máquina pública trabalhará pela candidata do governo. Ele condenou a postura de “laranja podre” — ocupar cargos na gestão enquanto se apoia a oposição — e citou o erro estratégico de 2022, quando o governo se dividiu no apoio ao Senado. Quem não apoiar Mailza deve, por coerência, entregar o cargo.

Crescimento nas Pesquisas

Contrapondo céticos que exigiam “dois dígitos” nas pesquisas, o secretário revelou que a vice-governadora já ultrapassou a marca de 20%. Ele atribuiu esse crescimento ao perfil conciliador e “meigo mas firme” de Mailza, que representa uma novidade política despida de vícios tradicionais.

Partidos e Estrutura

No debate sobre a força das legendas, Calixto analisou a evolução partidária, comparando a estrutura orgânica que o PT tinha nos anos 90 (sindicatos, base social) com a fragilidade atual de muitos partidos que “têm cabeça mas não têm alicerce”.

Gratidão e Lealdade

Em um momento de reconhecimento pessoal, Narciso Mendes relembrou a eleição de 1994, agradecendo a fidelidade de Calixto, que apoiou sua candidatura ao Senado até o fim.

Autossuficiência Política

Narciso e Calixto concordaram sobre os riscos da arrogância na política, usando o Prefeito Bocalom como exemplo de alguém centralizador. Calixto reforçou que a autossuficiência é uma “desvirtude” e que grandes líderes precisam saber ouvir conselheiros e técnicos, em vez de tomarem decisões isoladas baseadas apenas na própria vontade.

Condição para Bittar

Foi estabelecida uma “cláusula obrigatória” para a aliança com o Senador Márcio Bittar: o governo só apoiará sua reeleição se houver reciprocidade no apoio a Mailza Assis. Calixto classificou como “incoerência” e “sem cabimento” a ideia de a estrutura governamental pedir votos para um senador que trabalha contra a candidata do governo.

Clima de Pré-Campanha

Respondendo sobre o clima eleitoral ainda morno, Calixto usou uma analogia com o Carnaval: muitos dizem que não vão participar, mas quando a bateria começa, todos entram na dança. Ele defendeu que a pré-campanha é fundamental e que, embora a população ainda não esteja engajada, a organização estrutural feita agora definirá a vitória

Superando Divergências

O secretário abordou a necessidade de “cicatrizar” as feridas das eleições municipais recentes. Ele argumentou que adversários locais (como em Sena Madureira) precisarão estar no mesmo palanque estadual em 2026, e que a maturidade política exige separar as disputas paroquiais do projeto maior de governo.

Emendas Parlamentares

Sobre o pedido dos deputados para aumentar as emendas de R$ 4 para R$ 5 milhões, Calixto explicou tecnicamente que o valor é atrelado a 6,8% da receita líquida por emenda constitucional. Não se trata apenas de vontade política, mas de cálculo legal e capacidade orçamentária, exigindo alteração na Constituição para qualquer mudança.

assista a íntegra da entrevista concedida pelo secretário Luis Calixto:

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