Atualizada em 06/01/2025 10:01
Os bolsonaristas, sobretudo, os mais radicais, dizem que o seu ídolo vem sendo perseguido.
Sendo o direito de defesa, até mesmo de um notório criminoso, um dos nossos mais consagrados direitos, jamais este direito poderia ser negado ao ex-presidente presidente Jair Bolsonaro, até porque, e até creio, que nem todas as acusações que lhes são feitas pelos radicais lulistas expressam a realidade. De igual forma, também creio que a sua defesa, quando expressada pelos radicais bolsonaristas, expressem a realidade.
Até então, por ter convivido o dia a dia, diria até, minuto a minuto, com o então presidente Jair Bolsonaro, como seria esperado, a delação do seu porta-voz, o tenente coronel Mauro Cid, acabou tendo a repercussão que teve. Afinal de contas, a função de porta-voz assim determina.
Acontece que, a confiança entre mandante e mandatário poderá ser quebrada quando uma das partes, em sua própria defesa, compromete a defesa da outra. Neste particular, o advogado Paulo Cunha Bueno, na busca de isentar o ex-presidente Jair Bolsonado, da tentativa de golpe, chegou a responsabilizar os generais Augusto Heleno, Braga Neto e Mauro Fernando, como artífice do propalado golpe, poderá transformá-los em delatores, a exemplo do que aconteceu com o tenente-coronel Mauro Cid.
Eu, particularmente, continuo responsabilizando a nossa maldita polarização, mais pessoal que política, pela gravidade da situação que ora vivenciamos, até porque, nunca cri e jamais crerei, na existência dos chamados heróis, seja da nossa ou de qualquer outra pátria. Eu, por vez até chego a perguntar: o que será do nosso amanhã? Só sei, com absoluta certeza que, em continuando, o radicalismo entre lulistas e bolsonaristas as coisas só tenderão a piorar.
Se ao tempo da imoral e repugnante Operação Lava Jato, o desastrado, incompetente e politiqueiro, juiz Sérgio Moro, em cumplicidade com o então procurador, Deltan Dallagnal, expuseram o ex-presidente Lula, como um ladrão, e à posterior, levando-o a prisão e a sua inelegibilidade, se nunca concordei com as suas ações, juridicamente imundas, continuo discordando dos radicais do petismo quando acusam o ex-presidente Jair Bolsonaro de genocida. Reporto-me apenas a este crime por sê-lo, no repertório criminoso, o mais grave de todos.
Volto a me reportar, novamente, ao advogado Paulo Cunha Bueno: ele jamais conseguirá defender, e com sucesso o seu notabilíssimo cliente, pois no mundo jurídico nem sempre prevalece o jargão: “se a culpa é minha a transmito para quem quiser”
Por último: se o trio de generais acima citados optarem pela delação premiada, para o seu cliente, será o que de pior poderia acontecer. E o tempo, como a razão de tudo, nos esclarecerá. Daí termos que aguardá-lo.
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