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Não se consumou

Publicado em 14/04/2025

    De fato, o golpe de Estado não se consumou  mas que andou bem pertinho decerto, andou

Após sua derrota nas eleições de 2022, enquanto buscava  a sua reeleição, o ainda presidente Jair Bolsonaro se reuniu 14 vezes com os    comandantes das nossas três forças armadas. A primeira dessas reuniões aconteceu no dia 31/10/2022, um dia após a sua derrota.

Duas perguntinhas que se fazem necessárias e absolutamente indispensáveis: quem as convocaram e por que tão exagerado número de reuniões com características eminentemente militares? Que não tenha ficado satisfeito com os resultados das eleições é uma coisa, mas não aceitá-los e cumpri-los é outra coisa, completamente distintas.

A despeito das inúmeras ações e declarações que já haviam se tornadas púbicas, coisas estranhíssimas passou a acontecer, a se destacar, o surgimento das aglomerações em frentes as sedes das nossas forças armadas, em particular, àquelas que, por meses, se realizaram em frente ao seu quartel-general, em Brasília.

No dia 21/10/2018, quando as pesquisas eleitorais dos nossos mais acreditados institutos anunciavam a vitória do então candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, em uma das suas corriqueiras palestras, o seu filho Eduardo Bolsonaro, assim se pronunciou, reportando-se ao nosso STF-Supremo Tribunal Federal: “para fechá-lo bastaria um cabo e um soldado”. O dito cujo concorria a sua própria reeleição para exercer o seu 2º mandato como deputado federal.

Vejamos outra declaração, esta por sua vez, de autoria do então general e chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno: “Se tiver que virar a mesa, tem que ser antes das eleições”. Esta declaração foi feita numa reunião ministerial no dia 8/2/2022, portanto, 10 meses antes das eleições presidenciais daquele ano.

No dia 14/01/2023, em suas investigações, a PF-Polícia Federal encontrou na residência do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e pela primeira vez, uma minuta do pretendido golpe de Estado. No dia 8/2/2023, a PF encontrou uma outra no gabinete que o ex-presidente Jair Bolsonaro ocupava na sede do PL-Partido Liberal.

Numa outra reunião com o presidente Jair Bolsonaro, os ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, o general Freire Gomes e o tenente brigadeiro Baptista Junior, rechaçaram a proposta de golpe, enquanto o almirante Almir Garnier, comandante da Marinha, colocou a sua tropa a disposição do golpe.  Neste encontro o então comandante do Exército, chegou a dizer: “se ele, Jair B olsonaro, insistisse na tentativa de golpe teria que dar-lhe voz de prisão. Enquanto isto, Eduardo Bolsonaro, por não dispor do cabo e o soldado, teve que fugir.

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