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Panorama Político

Movimento pela anistia dos envolvidos nos atos de oito de janeiro começa no Acre

Atualizada em 04/12/2024 16:17
A direita do Acre promoveu na semana passada, no Hotel Nobile Suítes Gran Lumni, em Rio Branco, o primeiro evento em defesa da anistia das pessoas condenadas pelo envolvimento nas invasões a prédios públicos no dia 8 de janeiro de 2023. A mobilização foi organizada pelo vereador João Marcos Luz (PL), reunindo apoiadores e autoridades como o prefeito reeleito e primeiro turno, Tião Bocalom (PL), e o senador Márcio Bittar (União Brasil). O movimento teve início em Rio Branco e deve se expandir para outras regiões do estado e do país no próximo ano.
A intenção dos organizadores é mobilizar uma campanha nacional em favor da anistia, com a expectativa de que o tema ganhe mais visibilidade e apoio popular. O ato teve a participação surpresa do ex-presidente Jair Bolsonaro, por meio de uma ligação de vídeo, em que o “mito” agradeceu ao parlamentar pela iniciativa do ato e disse esperar que a ideia se espalhe. “Parabéns ao vereador João e espero que o movimento pela anistia que nasceu no Acre se espalhe pelo Brasil”, afirmou Bolsonaro. Bocalom agradeceu a João Marcos Luz pela ideia do movimento para unir a direita acreana e ajudar as pessoas que acabaram condenadas a penas superiores às aplicadas contra estupradores e assaltantes.
“Hoje sabemos que temos a direita e a esquerda. Acabou aquela confusão que existia antes. E o João, ao tomar essa iniciativa, está ajudando a separar ainda mais quem é da direita e quem é da esquerda. Vamos em frente, é isso que vamos fazer. Nossos princípios são diferentes dos da esquerda. Tenho certeza de que esse programa de anistia, que o nosso senador Márcio Bittar está liderando com força total em Brasília, vai se concretizar. Inclusive, foi uma iniciativa dele, o senador Márcio”, afirmou o prefeito de Rio Branco.
Em entrevista este colunista, no programa Boa Noite Rio Branco, na TV Rio Branco-Rede Cultura, também na sexta-feira, 29, o senador Márcio Bittar afirmou que em 2025 o projeto de anistia deve tramitar no Congresso Nacional. Para ele, os patriotas condenados estão pagando um preço alto. “Vivemos um momento em que o Brasil precisa de pacificação, e a única maneira de alcançar isso é anistiando esses brasileiros que estão recebendo penas de até 17 anos de cadeia, superiores às penas aplicadas a estupradores e assassinos. São homens e mulheres humildes que, insatisfeitos com os resultados das eleições, se manifestaram e agora pagam um preço altíssimo. São pais e mães presos, filhos que não veem os pais, como o presidente Bolsonaro costuma dizer, filhos que são órfãos de pais vivos.
O senador acreano lembrou que o Brasil já anistiou pessoas que pegaram em armas. A ex-presidente Dilma Rousseff foi anistiada; ela pegou em armas, assim como José Genoíno e José Dirceu, que participaram da guerrilha urbana e rural durante o regime militar, buscando implantar, a qualquer custo, o comunismo no Brasil. Todos eles foram perdoados. Quem perdeu o emprego voltou a trabalhar, muitos receberam indenizações”, argumentou o senador. Bittar acredita que a proposta de anistia será votada em 2025 e tem tudo para ser aprovada. Primeiro pelo fato de muitos nem terem participado de absolutamente nada. Além disso, as penas aplicadas aos manifestantes não são compatíveis com os supostos crimes.
Mentor do encontro, o vereador João Marcos Luz (PL) afirmou que o evento é essencial para a democracia e argumentou que a anistia já beneficiou outras figuras políticas, como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), citando precedentes históricos para justificar a proposta. “Eu quero dizer que a anistia não é novidade no nosso país. A ex-presidente Dilma foi anistiada, e a anistia é constitucional. Hoje teremos aqui uma palestra sobre isso, com um advogado falando sobre a constitucionalidade”, afirmou.
“Queremos cada vez mais uma consciência coletiva da nossa militância de direita, para que estejamos preparados para o debate. A grande democracia é justamente essa: enfrentar as questões através do debate e da verdade. Por isso, estamos intensificando esse trabalho. Quero dizer que esse é apenas o primeiro evento, faremos outros, inclusive em espaços públicos no próximo ano, e também levaremos para o interior. Estamos aqui para tratar da anistia para os patriotas”, finalizou.
Enquadramento
Filiada ao PP do vice-prefeito eleito Alysson Bestene, a vereadora reeleita Elzinha Mendonça vai ter que se enquadra e parar de fazer oposição sistemática ao prefeito reeleito Tião Bocalom (PP). Os tempos mudaram, a vereadora não é mãos do PSB e o prefeito não é mais oposição ao PP. Além disso, ela foi reeleita graças ao trabalho realizado pelo secretário de Educação, professor Aberson Carvalho.
Inverdades
As viúvas dos candidatos derrotados pelo prefeito Tião Bocalom (PL), reeleito de forma espetacular, em primeiro turno, estão a espalhar inverdades sobre a gestão municipal. Afirmam, por exemplo, que as obras iniciadas em campanha, não tiveram continuidade após a eleições. N entanto, as pessoas que moram nos bairros mais carentes sabem que as obras continuam.
Desacelerou
Não verdade, o ritmo das obras desacelerou, mas em função das chuvas, algo comum no inverno amazônico que se aproxima. A rua onde eu moro, por exemplo, foi contemplada com as obras da prefeitura, por meio da Emurb, um mês após as eleições. Claro que a esquerda pira ao saber que, a exemplo da ex-prefeita Socorro Neri, Bocalom mantem praticamente o mesmo ritmo de obras, mesmo após sua reeleição.
EducAleac na final
Projeto EducAleac, uma iniciativa da Assembleia Legislativa do Acre, (Aleac), que tem a educação como alvo principal, foi classificada para a final do prêmio Assembleia Cidadã, promovido e organizado pela União Nacional dos Legisladoras e Legislativos Estaduais (Unale). O projeto oferta aulas preparatórias para o Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM, em Rio Branco, de forma presencial, e remotamente para alunos do interior do estado.
Indicação
O Projeto EducAleac foi indicado pela comissão julgadora para a final na categoria projetos especiais. Outros dois projetos, do Piauí e Espírito Santo, completam a lista dos indicados. É a segunda vez que o Legislativo disputa o prêmio que chega a sua 5ª edição. Os ganhadores serão eleitos pelos participantes da 27ª Conferência Nacional da Unale, durante o evento, que acontece nos dias 3, 4 e 5 de dezembro, no Rio de Janeiro.
Critérios
A escolha obedece a dois critérios: a nota da Comissão Avaliadora, com peso de 70% da avaliação, +30% da votação local. Cada vencedor receberá um troféu transitório e o direito de usar o selo Assembleia Cidadã. O projeto foi iniciado em 2017, quando a Escola do Legislativo abriu a primeira turma com aulas preparatórias para o Enem. Em Rio Branco, as aulas são ministradas em um espaço na Universidade Federal do Acre. Para alunos do interior, as aulas são ofertadas de forma remota.
Na aldeia
Este ano, numa iniciativa inédita, a mesa diretora da Assembleia Legislativa levou o projeto para uma aldeia indígena. Durante dois dias, a equipe da Escola do Legislativo esteve na aldeia Morada Nova, na zona rural de Feijó. Quatro professores, todos acadêmicos da UFAC, ministraram aulas de química, história redação e geografia para os indígenas inscritos no Enem-2024.
Futuro da Educação
Realizada anualmente, a Conferência Nacional da Unale tem o objetivo de reunir parlamentares estaduais e federais, servidores legislativos nacionais e estrangeiros, autoridades governamentais, conferencistas internacionais e membros dos poderes legislativos. Além disso, em 2024, o evento busca construir um espaço de debates, discussões e reflexões a respeito do futuro da educação no Brasil, com palestras e painéis de especialistas renomados na área.
Acre em destaque
Quando o acreano Francisco das Chagas Silva Melo Filho, hoje com 63 anos, saiu de Cruzeiro do Sul para morar em Ananindeua, no interior do Pará, jamais imaginou que iria se tornar servidor público e liderança política amazonense, começando como vereador, secretário municipal, presidente da Câmara, vice-prefeito, deputado estadual e presidente da Assembleia legislativa do Pará (Alepa), tendo assumido, interinamente, o governo do Pará.
Careira de sucesso
Embora seja acreano, Chicão Melo construí toda sua carreira política no Pará, especialmente em Ananindeua, segunda cidade mais importante do Pará em população, economia e densidade eleitoral. Na referida cidade, o acreano foi três mandatos consecutivos de vereador, presidente da Câmara também por três vezes. Chicão está em seu quarto mandato de deputado estadual e exerce o segundo mandato como presidente da Assembleia Legislativa do Pará.
Abertura oficial
A abertura oficial da 16ª Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (CNLE) foi, nesta quarta-feira, 30, no Centro de Convenções de Natal. O evento é uma promoção da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), em parceria com a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e foi presidido pelo deputado acreano, deputado Luiz Tchê.

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