Atualizada em 03/07/2024 09:30
A mentira, enquanto não é descoberta, comporta-se como uma verdade, e o mais grave: sempre que um adestrado mentiroso decide tornar público determinadas mentiras, nelas inserem, intencionalmente., algumas pitadas de verdades. A propósito, na nossa atividade política, sempre vamos encontrar alguns especialistas nesta maldita arte.
Como os votos são contados e não qualificados e como o número de pobres supera, em muito, o número daqueles que integram as nossas demais classes sociais, nos períodos que antecedem as eleições, particularmente nestas ocasiões, os pobres se tornam os alvos preferidos de todos os candidatos, sejam eles de direita, de esquerda ou dos mais diversos posicionamentos centristas. A título de curiosidade: qual seria o formato de uma circunferência se nela existisse vários centros?
Se fundamentalmente importante para a sinalização do trânsito de uma cidade, particularmente, altamente denso, o mesmo não acontece para definir ideologicamente o comportamento político de um candidato, menos ainda a compreensão dos seus eleitores.
No passado, lembro-me bem, como os indivíduos utilizavam e ainda continuam utilizando membros do seu lado direito quando comparados com aqueles que utilizavam os do lado esquerdo, meu pai só veio identificar-me como destro, quando ao pedir a sua bênção, sempre o fazia estendendo o meu braço direito.
Lamentavelmente, mundo afora e não apenas no nosso país, seja ao longo, mas certamente, ao final de todas as disputas eleitorais que vem acontecendo, a primeira avaliação que se faz a é sempre a seguinte: quem saiu ganhando, a direita ou à esquerda? Donald Trump, Benjamin Netanyahu, Vladimir Putin, Nicolás Maduro e cá entre nós, os lulistas e os bolsonaristas, assim se questionam.
Da polarização direita/esquerda, rumo ao abismo, portanto muito perigosamente, começaram a surgir os rotulados salvadores da pátria. Entre as nossas guerras, ora em curso, duas delas não teriam chegado aonde chegaram se a Rússia estivesse sob o comando de um sujeito do bem, e se Israel não tivesse sob o comando de um terrorista ainda pior do que aqueles que compõem o Hamas.
Na Argentina, como resultado desta nefasta polarização veio a aparente morte do peronismo e a eleição de Javier Milei, e nos EUA, tida e havida como a mais exemplar do mundo, ao que tudo nos faz crer, Donald Trump só está esperando o dia e hora de voltar ao poder.
Enquanto isto, nós brasileiros, continuamos esperando por 2026, o ano em que os lulistas e os bolsonaristas irão por suas unhas de fora.