Atualizada em 21/07/2024 09:05
Maria Adelaide Amaral, conhecida por sucessos como “A Muralha” (2000) e “A Casa das Sete Mulheres” (2003), deixou a TV Globo após uma longa carreira de 32 anos.
A dramaturga de 80 anos confirmou sua dispensa, ressaltado que era evidente que não havia lugar para ela na emissora. Isso porque desde 2017, ela tentava emplacar um novo projeto, mas não conseguia espaço na grade da Globo.
A autora estava desenvolvendo um projeto sobre a vida de Carlos Gomes, compositor de “O Guarani”. Originalmente planejado como minissérie, o projeto foi transformado em novela de época, com 125 capítulos, a pedido de Silvio de Abreu.
Contudo, a troca de comando na área de entretenimento e teledramaturgia, com José Luiz Villamarim assumindo o posto em 2020, resultou no cancelamento da novela, considerada de alto custo.
O que Maria Adelaide Amaral fará
Em relação à decisão da empresa, Maria Adelaide mostrou-se tranquila: “Vivi o melhor momento da Globo. Não tinha mais aquela autonomia de propor”, afirmou, primeiramente. Além disso, a dramaturga refletiu sobre sua trajetória e expressou um novo direcionamento para sua carreira: “Não quero nunca mais na minha vida escrever novelas”.
Sua última obra foi “A Lei do Amor” (2016), sua única novela no horário nobre, que não teve o sucesso esperado.
Apesar do encerramento de seu ciclo na Globo, Maria Adelaide não parou. Ela já tem novos projetos em andamento. Um deles é o roteiro de “Em Nome dos Pais”, uma adaptação do livro do jornalista Matheus Leitão sobre a história de seus pais, Marcelo Netto e Míriam Leitão, presos e torturados durante a Ditadura Militar (1964-1985).
Além disso, a autora considera escrever para plataformas de streaming e transformar o roteiro sobre Carlos Gomes em peça de teatro.
O fuxico