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Política

Lula diz que Brasil tomará ‘todas as medidas cabíveis’ para se defender de tarifaço de Trump

Atualizada em 03/04/2025 10:52

O presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira (3) que o Brasil “respeita todos os países, do mais pobre ao mais rico, mas que exige reciprocidade” e que o protecionismo não cabe mais no mundo moderno. A fala ocorreu em reação às tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros.

“Diante da decisão dos EUA, de impor sobretaxa aos produtos brasileiros, tomaremos todas as medidas cabíveis para defender nossas empresas e nossos trabalhadores brasileiros”, disse Lula, no evento “Brasil Dando a Volta por Cima”, organizado pelo governo.

Segundo o petista, a reação ocorrerá tendo por referência a lei da reciprocidade, aprovada na quarta-feira (2) pelo Congresso Nacional, e as diretrizes da OMC (Organização Mundial do Comércio). “[O Brasil] não bate continência para nenhuma outra bandeira que não seja a bandeira verde e amarela”, afirmou.

Nesta quarta, Trump anunciou as tarifas aos produtos importados de outros países, definindo uma taxa de 10% aos itens brasileiros.

Em paralelo, o Congresso aprovava o projeto de lei que impõe a reciprocidade de regras ambiental e comercial nas relações do Brasil com outros países, uma votação encerrada pela Câmara pouco depois do anúncio de Trump.

A postura do governo brasileiro desde as primeiras declarações do presidente americano tem sido a de clamar pela reciprocidade em relação às medidas econômicas. Lula costuma defender publicamente o multilateralismo e criticou, em diversas ocasiões, as decisões protecionistas de Trump.

Dias antes do anúncio, Lula afirmou, durante passagem pelo Vietnã, não ver problemas em conversar com o presidente dos EUA para alcançar um acordo que evitasse tarifas entre os países.

Já haviam sido anunciadas a imposição de uma taxa de 25% para todos os automóveis fabricados fora dos Estados Unidos, além do aumento das taxas às exportações de aço e alumínio do Brasil também para 25% desde o dia 12 de março.

Trump já havia afirmado que as tarifas seriam recíprocas e tem chamado o 2 de abril como o “dia da libertação”.

[Folha Uol]

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