Atualizada em 01/10/2024 10:12
O homem é livre; mas ele encontra nas leis os limites para exercer a sua própria liberdade.
Para que existem as leis? Para determinar os limites de certas e pretensiosas liberdades, isto por que, nenhum direito é absoluto, a não ser, para àqueles que não respeitam as liberdades dos outros. Reporto-me aos contingentes de libertinos.
Disse Tomas Jefferson, então presidente dos EUA, entre os anos, 1.743/1826: “o preço da liberdade é a eterna vigilância”. Portanto, quem, em nome da liberdade de expressão calunia, difama, injuria, incita a violência e prega discursos de ódio comete crimes, isto porque, outros direitos igualmente potenciais também existem e a eles se contrapõem, são àqueles que defendem a intimidade, a honra e a imagem das pessoas.
Quem falsamente acusa uma pessoa de haver cometido um crime sem dispor dos argumentos capazes de comprovar as suas próprias denúncias, e o faz movido por interesses plenamente condenáveis, no que tem sido bastante comum, nos tempos atuais, sobretudo na nossa atividade política, devem ser criminosamente responsabilizados.
Até mesmo a democracia, tido e havido como o regime que mais e melhor defende a liberdade, através de suas leis, os instrumentos legais e que impõem limites às ações daqueles que abusam da sua pretensa liberdade, quando flagrado praticando determinados crimes e na maior “cara de pau”, como se diz na gíria, dizem-se censurados, em muito tem contribuído para o surgimento dos nossos conflitos sociais, e não raramente, familiares. Pior ainda: alguns deles têm se transformados em orientadores de uma considerável parcela de nossas populações.
A nossa democracia, desde sua implantação, jamais percorreu os caminhos que levaria a sua desejável consolidação. A propósito, enquanto a democracia dos EUA obedece a uma única constituição, esta instituída no já longínquo ano de 1.787, a nossa atual constituição vem ser a 8ª, em seus 200 anos de vida democrática.
Sobre a liberdade expressão, motivo deste artigo, presentemente, está demasiadamente comprovado que o seu direito, ao tempo em que as mentiras corriam de boca em boca não poderiam prevalecer em tempos de internet, e menos ainda, quando a IA-Inteligência Artificial atingir seus desejados objetivos.
Lamentavelmente, as nossas redes sociais já se transformaram em indústrias de fake News e, certamente, com o avançar da IA, das “Deepfake”, brevemente iremos assistir, ao vivo e a cores, o rosto de uma pessoa ser anexado ao corpo de outra, e também a sua voz, compondo o personagem pretendido. Seja para o bem ou para o mal.
Voltamos a lembrar: preço da liberdade é a eterna vigilância.