Atualizada em 29/08/2024 11:52
Quando a mentira corria de boca em boca, inúmeros
Enquanto a mentira consegue dá várias voltas nos quarteirões em que o mentiroso se encontra, a verdade sequer havia se vestido para sair às ruas. Esta expressão é da riquíssima lavra do saudoso estadista Winston Churchill, e ao assim se pronunciar, decerto, pretendia dizer que a mentira, vem antes da verdade e ainda corre bem mais apressadamente.
Quando o presidente dos EUA, Abraham Lincoln, foi assassinado, cuja tragédia aconteceu no dia 15 de abril de 1865, a notícia da sua morte só chegou à Europa 13 dias depois. Hoje, graças aos avanços dos nossos meios de comunicação, assistimos a mais recente Olimpíada, realizada na França, com uma visibilidade ainda mais adequada que a dos tantos quantos que para lá se dirigiram e que estavam presentes nos locais em que os seus espetáculos eram apresentando.
Entretanto, seja para o bem ou para o mal, os nossos avançadíssimos meios de comunicação estão aí para atender aos interesses daqueles que buscam fazer o bem e, igualmente, fazer o mal, mas neste tipo de competição, lamentavelmente, às desinformações conseguem chegar bem antes, até porque, por sê-la única, a verdade para ser reconhecida precisa de fatos e de sérias observações, enquanto as mentiras sugerem as mais diversas versões, algumas delas aparentemente críveis.
Presentemente, as tais fake News estão fazendo escola e quando caprichosamente arquitetadas, chegam a ser acreditadas por aqueles que se deixam levar pela sua sedutora linguagem. A exemplificar: quem acredita que, se eleito, o candidato a prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, irá construir um prédio com um quilômetro de altura, a título de promover o turismo da referida metrópole e que irá cobrir o seu céu de teleféricos, desta feita, ligando as suas centenas de favelas?
Numa das suas aparições, e de viva voz, Pablo Marçal, chegou a prometer que a sua eleição tornará a economia do nosso país, até o ano 2050, superior a dos EUA e a da China. Nem Paulo Maluf, em prol da eleição de Celso Pita para a mesma prefeitura, ousou prometer nada nem parecido.
Há que diga que Pablo Marçal, valendo do seu direito de liberdade de expressão, pode prometer o que melhor convier aos seus interesses eleitoreiros, no que descordo, afinal de contas, liberdade sem responsabilidade tem outro nome: libertinagem.
Ao explorar a quase generalizada insatisfação popular dos nossos eleitores, sobretudo os do município de São Paulo, sem dó e sem piedade, mas muito oportunisticamente, Pablo Marçal vem afirmando e reafirmando, ser ele, o herói que está faltando a nossa democracia, mas como nunca cri e nem crerei em tais heróis, discordo dele.